UF Covilhã Canhoso: Assembleia aprova orçamento de 580 mil euros

A Assembleia de Freguesia da Covilhã e Canhoso (UFCC) aprovou o orçamento para o próximo ano na reunião que decorreu ontem ao início da noite na sede da UFCC. Com um valor próximo dos 580 mil euros os documentos foram aprovados com 12 votos a favor, do PS e coligação Juntos Fazemos Melhor e o voto contra do eleito da CDU.

Carlos Martins, presidente da União de Freguesias, disse durante a reunião que se trata de um documento “ambicioso”, com projetos em prol do “associativismo, das famílias e dos jovens”.


O autarca destaca que as sugestões da coligação, ao brigo do direito de oposição, “foram todas validadas”, vincando que “não é uma questão de estratégia, mas sim reconhecer que não se sabe tudo”, disse.

Luís Dias (Juntos Fazemos Melhor) para além de alertar para questões de natureza técnica que devem ser corrigidas, elogiou a integração das sugestões da sua bancada.

“Esta colaboração entre os diferentes intervenientes na gestão da freguesia demonstra um compromisso com a participação democrática e contribui para a construção de um orçamento mais inclusivo e representativo das diversas perspetivas de desenvolvimento. Aponta que mesmo que essas sugestões constem de forma “meramente indicativa”, mostram “abertura e princípios fundamentais de boa gestão e governação democrática”.

Da mesma bancada Sérgio Sousa criticou a proposta de orçamento, frisando que “não tem ambição, nem ideias”, afirmando “que é um mero documento de gestão”, dando exemplo de rubricas que estão abertas com “verbas irrisórias”, caso do Portugal 2030 que tem uma previsão de 510 euros.

Foram precisamente os projetos e as ideias que Sérgio Gaio (PS) destacou.

Segundo o eleito, da leitura dos documentos destaca-se na educação o projeto “A Junta Esclarece” e também a ampliação da escola do Canhoso e a construção de uma creche.

Elencou ainda outras ações previstas na área social, como a “Junta Solidária”, o investimento junto dos idosos com o programa “mãos amigas”. Aponta ainda projetos como o parque de canídeos e o orçamento participativo jovem, como medidas a elogiar.

O eleito da CDU, Miguel Fiadeiro, foi o único a votar contra o orçamento, afirmando que “é mais do mesmo”.

“Baralhar e dar de novo é o lema deste executivo e do plano e orçamento para 2024, ou seja, repte-se uma vez mais o que não se fez, acrescenta-se mais umas promessas de intenções e é assim no geral o plano, com o qual é difícil se discordar, mas sobre a sua execução já se sabe que vai ser uma incógnita, mais do mesmo”, disse.

Miguel Fiadeiro frisa ainda a falta de investimento que está espelhada nos documentos. “Sem ideias e sem capacidade de realização é natural que o saldo de gerência atinja de novo uma verba elevada, adiando a resolução de problemas”, acusou na declaração de voto.

A reunião da Assembleia de Freguesia da Covilhã e Canhoso teve lugar ontem ao início da noite.  Na reunião foi também aprovado o mapa de pessoal dos serviços de freguesia para o próximo ano.