Pedro Nuno Santos na Covilhã com o apoio da Beira Interior para “pensar num Portugal Inteiro”

O candidato à liderança do Partido Socialista Pedro Nuno Santos esteve no passado sábado, 2 de dezembro, na Covilhã, num encontro com militantes e simpatizantes do PS do distrito de Castelo Branco, onde apresentou algumas das suas ideias para o país, elencadas no programa cujo slogan diz “Portugal Inteiro”. Se ganhar as eleições internas do PS, Pedro Nuno Santos será o candidato socialista a Primeiro-Ministro nas eleições legislativas marcadas para 10 de março.

Na sessão, que decorreu no Auditório do Pavilhão da ANIL, estiveram presentes várias figuras do Partido Socialista da região, que saudaram o candidato. Pedro Nuno Santos, fortemente apoiado pela Beira Interior e pela Federação Distrital de Castelo Branco, disse que a sua intenção era “cuidar do país como um todo”.


“Precisamos de um Portugal inteiro que respeite e aproveite a plenitude do território, num país que se está sempre a queixar que é pequeno mas que não aproveita a maioria do seu território. Esse é um dos maiores desafios que queremos lançar: pensar no Interior e pensar num país inteiro, Portugal como um todo”, afirmou.

Na corrida a Secretário-Geral do PS que disputa com José Luís Carneiro, Ministro da Administração Interna, Pedro Nuno Santos afirmou, porém, que o “principal adversário é o PSD”.

“Depois de quatro anos de cortes, nós tivemos quatro anos de recuperação de rendimentos, de aumento das pensões, de aumento do emprego, de aumento do salário mínimo, de redução da dívida. A questão que se coloca é o que é foi mau nesses quatro anos”, afirmou o candidato sobre a campanha do PSD, de quem diz estar “agarrado e preso há oito anos atrás”.

Nas intervenções de apoio ao candidato socialista, Vítor Pereira, na qualidade de Presidente da Federação Distrital de Castelo Branco do PS, não rejeitando o legado de nenhuma governação socialista, em especial a mais recente de António Costa, afirmou que “a candidatura de Pedro Nuno Santos representa a novidade, uma viragem em frente e uma nova esperança”, uma vez que “o Pedro é a liberdade em ação”.

“Deposito no Pedro a maior esperança para continuar as políticas de diferenciação positiva já encetadas pelos governos do Partido Socialista relativamente ao Interior”, afirmou Vítor Pereira, apelando ao candidato que se mova na reindustrialização do Interior de Portugal e na reabilitação das estruturas ferroviárias, rodoviárias e comunicacionais do Interior.

Vítor Pereira deixou ainda o apelo a Pedro Nuno Santos, com direito a longa salva de palmas por parte da plateia, para acabar com as portagens nas antigas SCUT: “É imperioso por fim às portagens nas antigas SCUT. Elas só devem ser repostas quando no Interior tivermos o mesmo nível de desenvolvimento económico e social que têm os nossos concidadãos do litoral”, disse.

Ana Abrunhosa, Ministra da Coesão Territorial, também esteve na sessão para dar apoio ao candidato. A ministra vincou que “o melhor primeiro-ministro que o país pode ter é Pedro Nuno Santos” e que nunca trabalhou “com um ministro tão jovem e com sentido de estado tão apurado”.

Ana Abrunhosa, retomando o tema das SCUT, destacou que foi com Pedro Nuno Santos que “iniciaram o caminho das ex-SCUT no Interior”, deixando o apelo para que “continue a tarefa”.

A Ministra apontou ainda Pedro Nuno Santos como a melhor aposta no trabalho da coesão do território e do desenvolvimento do Interior, de onde disse que “aqui faltam pessoas, as que existem são maravilhosas”. “O Interior não pode ser o final de Portugal; tem de ser o coração da Península Ibérica”, defendeu.

Hélio Fazendeiro, presidente da concelhia do PS da Covilhã, elogiando Pedro Nuno Santos como um “político com capacidade de decisão e que enfrenta os problemas, um político de convicções que não se conforma com um Portugal pequeno e ambiciona um Portugal mais próspero e entre os melhores” afirmou que o candidato pode contar com o apoio da Beira Interior. “Queremos estar contigo na ambição que este território tem em se afirmar um importante centro”, disse.