Câmara de Belmonte quer criar habitação colaborativa para idosos em Caria e procura 2 milhões no PRR

A Câmara Municipal de Belmonte pretende avançar com a construção de uma unidade de habitação colaborativa, em Caria, resultante da transformação do anterior projeto que pretendia ser uma unidade para pessoas com demência e que não obteve financiamento.

Durante a reunião do executivo, António Dias Rocha, presidente da Câmara, explicou que o projeto já tem parecer positivo do Conselho Local de Ação Social, detalhando que pretende apresentar candidatura a verbas do PRR até final do mês, avançando que se trata de um investimento superior a 2 milhões de euros.


“Tem muito a ver com o projeto anterior, uma vez que também vai ter a componente da demência que é um problema gravíssimo no país e na região temos poucas unidades com este tipo de trabalho. O projeto inicial não foi aprovado, teve que ser transformado, mas terá também a componente da demência. Serão criados apartamentos, para pessoas com demência ou para idosos que ali queiram estar, que serão acompanhadas com pessoal especializado”, detalhou o autarca.

Na reunião desta quinta-feira foi aprovado o protocolo com a Santa Casa da Misericórdia de Belmonte, que no futuro ficará a gerir a estrutura, explicou ainda António Dias Rocha.

“O promotor é o Município de Belmonte. Temos um parceiro privilegiado que é a Santa Casa da Misericórdia de Belmonte a quem o município entregará a gestão. Se a Santa Casa achar que deve continuar a ter as parcerias com as anteriores entidades, uma da Covilhã e outro do Fundão, assim fará, senão avançamos só nós”, disse.

Trata-se de uma solução diferente de uma ERPI, em que serão criados apartamentos, que permitem maior autonomia dos utentes, podendo alguns optar até por confecionar as próprias refeições. Terá capacidade para 60 utentes.

Um conceito importado da Dinamarca, onde está a ter muito êxito, pois permite um envelhecimento ativo e com qualidade, foi explicado durante a reunião.

O edifico e o terreno para a sua implementação, que tinham sido cedidos à Misericórdia para a construção do projeto inicial, já voltaram à posse do município, explicou ainda o autarca, frisando que até final do mês será apresentada a candidatura ao PRR para financiamento da obra.