AD apela ao voto dos “defraudados” pelo PS e dos “indignados” que querem mudança

O auditório das sessões solenes da UBI encheu para o comício da AD, ontem à noite, que juntou Luís Montenegro (PSD) e Nuno Melo (CDS).

Depois de ter sido abordado por pensionistas durante o dia, numa arruada em Portalegre, o líder da AD quis, na sua intervenção, assegurar a confiança deste eleitorado, garantindo que se for eleito Primeiro-ministro e, nessas funções, falhar com os compromissos assumidos para este setor se demitirá das suas funções.


“Às mulheres e aos homens que estão nesta situação e às suas famílias, à sociedade, digo que se falhar qualquer um destes três compromissos – atualizar as pensões conforme a lei, fazer um esforço de atualização maior nas pensões mais baixas e colocar o valor de referência do complemento solidário para idosos nos 820 euros – eu próprio abandonarei, é um compromisso de honra”, garantiu

Afirma que “não vale a pena fazerem uma campanha de medo, dizendo que vêm aí os sacríficos dos portugueses”, sublinhando que a sua posição é clara nesta meteria.

Luís Montenegro elencou os compromissos do programa da AD nos vários setores, garantindo que, como Primeiro-ministro, uma das primeiras ações será a implementação de um programa de emergência na saúde, para garantir, entre outros, que “todos os portugueses têm médico de família” e que conseguem consultas de urgência nos centros de saúde, ou que ninguém fique à porta de um hospital.

No final piscou o olho “aos defraudados” que votaram PS há dois anos, e aos que pensam votar à direita do PSD para mostrar a sua indignação, vincando que isso não promove a mudança.

“O voto de protesto e indignação não resolve os problemas, emite essa mensagem, mas não contribui para a mudança”, frisou, concluindo que “se querem dar esperança aos jovens, ter menos impostos e melhores serviços públicos, castigar menos do ponto de vista fiscal a classe média, garantir dignidade aos que estão a gozar o seu período de reforma, se é isso que querem, votem na AD”, frisando que esta “é a mudança segura”.

Nuno Melo, líder do CDS, reforçou que a 10 de março não está em causa ser de direita ou de esquerda, mas concordar ou não com a atual situação do país.

“Não é se são de direita ou de esquerda, o que os portuguesas vão ter de perguntar é se Portugal está bem, ou se está mal. Se acham que está bem, votam no PS, se acham que está mal votem na mudança, na esperança, na liderança daquele homem (Luís Montenegro) que saberá fazer muito melhor”, sublinhou.