O júri do concurso para a requalificação do quartel da GNR do Fundão já escolheu a empresa vencedora, a JMRB, que foi a que “apresentou o melhor preço”, no valor de 1 milhão 494 mil euros, avançou o presidente da Câmara Municipal do Fundão, durante a reunião pública do executivo esta quarta feira, 28.
“Esta é a deliberação do júri, agora ainda decorrem outras questões, nomeadamente a contestação das empresas que não venceram e depois terá também que se pronunciar o Tribunal de Contas”, detalhou Paulo Fernandes.
Na resposta a uma preocupação de Joana Bento, vereadora eleita pelo PS, sobre “o serviço de proximidade do posto e de funcionamento do destacamento” durante as obras, o vice-presidente da autarquia, Miguel Gavinhos, explicou nesse período, a GNR irá funcionar nas instalações da Zona Agrária do Fundão, com alguns serviços de retaguarda, que não tenham atendimento ao público, como a investigação por exemplo, a poder funcionar em lojas na cidade, que ainda não estão definidas, apontando também o mercado abastecedor como solução.
Miguel Gavinhos sublinha que a própria GNR quer “manter o nível de proximidade” que existe e continuar instalada na zona central da cidade.
O autarca explicou que o local escolhido para o funcionamento principal da GNR tem “todas as condições”, incluindo para o parqueamento das viaturas. Detalha que as celas para os detidos passam para a Covilhã, deixando de se prestar este serviço no Fundão. Vinca que a última palavra na escolha dos locais provisórios para localizar os diferentes serviços será sempre da GNR.
O vice-presidente da CMF referiu que esta requalificação é um sonho de muitos anos e é o resultado de um trabalho conjunto. Frisa que o destacamento do Fundão tem perto de 130 elementos no total, entre os que prestam serviço no Fundão e nos diversos postos nas freguesias.
Joana Bento, manifestou preocupação com a instalação em lojas, sublinhando, no entanto, que o comando e a autarquia estarão a salvaguardar o funcionamento, sugerindo que a “opção mercado abastecedor, também sugerida pela autarquia, será a melhor para a segurança e, até, para a confidencialidade”.
Em última nota, Paulo Fernandes, presidente da Câmara Municipal do Fundão, destacou o papel dissuasor do patrulhamento de proximidade da GNR, afirmando que em 2023, no concelho, apesar do aumento da população pendular e associada às dinâmicas migratórias a criminalidade, quando comparada com 2022, diminuiu.
“Um dado que é revelador, por um lado do trabalho da GNR e, por outro, foge a alguns tópicos que às vezes são fáceis de abanar em determinados períodos da nossa democracia”, sublinhou.
A Câmara Municipal do Fundão prevê que a adjudicação possa ocorrer em junho, estando dependente do tempo que o Tribunal de Contas demore a emitir parecer.