Rede de Associações de Desenvolvimento Local envia reivindicações aos partidos políticos

A rede de Associações de Desenvolvimento Local (ADL), que dinamizam Grupos de Ação Local (GAL), enviou um conjunto de reivindicações aos partidos políticos a concorrer às legislativas de 10 de março.

A Federação Minha Terra representa cinquenta e seis GAL, presentes em mais de 94% do território nacional, através das suas associadas na região: ADERES, ADRACES, PINHAL MAIOR e RUDE


De acordo com a nota de imprensa, o documento enviado contempla sete propostas, sendo elas: contribuir para a implementação de uma Estratégia Nacional de Desenvolvimento Rural; integrar intervenções de base territorial e multi-setoriais, através da adoção de mecanismos de financiamento plurifundos; capacitar os recursos humanos existentes nos territórios; garantir a existência de serviços de extensão rural, complementando o apoio técnico aos agricultores; assegurar uma articulação virtuosa entre as dimensões do mundo rural e urbano; estimular iniciativas e projetos orientados para o aproveitamento de oportunidades económicas; dinamizar a oferta de Serviços de Interesse Geral de forma a reforçar a Coesão Territorial.

O documento resulta de “um intenso debate, decorrido no seio da rede de ADL, com vastos contributos para a sua construção, e decorre do intenso processo de construção das Estratégias de Desenvolvimento Local (EDL), que aconteceu durante o ano de 2023 e que envolveu mais de 3500 entidades nos territórios, estratégias estas que foram reconhecidas em final de dezembro passado”, pode ler-se em nota de imprensa enviada à RCC.

“Aproveitando o momento em que se discutem os programas eleitorais presentes às eleições legislativas de 10 de março, sabendo que a experiência das últimas três décadas de abordagem LEADER (Ligação Entre Ações de Desenvolvimento da Economia Rural) em Portugal tem demonstrado que os GAL conseguem mobilizar recursos, capitalizar conhecimento e têm a capacidade de construir soluções para responder às necessidades dos respetivos territórios e tendo presente este património de experiência e bons resultados na promoção do desenvolvimento local, os GAL consideram indispensável que os programas eleitorais e de Governo que se apresentam às eleições de 10 de março abordem com ousadia o desenvolvimento dos territórios, equacionando intervenções pertinentes de proximidade para as zonas rurais”, defendem os GAL no documento.

“A defesa dos territórios onde situamos as nossas intervenções é uma luta difícil na qual a obtenção de resultados é extraordinariamente gratificante para todos nós, e por isso não desistiremos, nunca de lutar pelo futuro a que os nossos territórios de pertença têm direito. Nesse sentido, urge criar políticas públicas que o possibilitem”, conclui ainda a nota de imprensa.