Foram 329 os casos que a Comissão para a Proteção das Crianças e Jovens (CPCJ) da Covilhã acompanhou em 2022, sendo que, no ano passado, este número aumentou. No total dos processos, a violência doméstica é a que mais se evidencia, revelou Solange Moreira, presidente da CPCJ Covilhã, à margem do 2º colóquio “Educação, valores cidadania”, que teve lugar esta manhã, no Auditório Municipal.
Os números relativos ao ano passado serão apresentados em novembro, mas a tendência é de aumento, disse Solange Moreira, frisando a importância da promoção e a prevenção.
Para a dirigente, os temas “educação, valores e cidadania” são “atuais e muito importantes para os jovens”, garantindo que é objetivo da CPCJ continuar a organizar estas iniciativas.
Para Regina Gouveia, vereadora na Câmara Municipal da Covilhã, “é através da educação que se podem salvaguardar valores e princípios que assegurem que não acontecem mudanças que não devem acontecer”.
“A educação tanto é importante para preparar cidadãos e, no fundo, influenciar mudanças, como é fundamental para acautelar estados sociais, políticas e democracias. Este tema tem relevância sempre, mas este ano tem uma relevância especial. É preciso que a educação para a cidadania forme guardiões da democracia”.
Maria João Fernandes, vice-presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens, salientou a importância dos direitos e deveres, explicando que “os direitos só são direitos se forem exercidos e os deveres têm de ser cumpridos”.
“Só assim conseguiremos uma sociedade mais inclusiva, mais justa e mais igual”, concluiu.
Estiverem presentes dezenas de alunos de escolas da região.
Fotografia de arquivo