Legislativas: AD e PS com noite “agridoce”. Chega fez a festa

Contrariamente ao que aconteceu a nível nacional, com a AD a vencer com 29,49% e o PS em segundo lugar com 28,66%, no concelho da Covilhã venceu o Partido Socialista, com 43%, seguindo-se a Aliança Democrática, com 23%.

O Chega, que, no país, obteve 18,06% dos votos, no concelho da Covilhã teve 14,1%.


Quanto a mandatos, a nível nacional, a AD elegeu 79 deputados, o PS 77 e o Chega 48. No círculo eleitoral de Castelo Branco, foram eleitos dois deputados socialistas (Nuno Fazenda e Patrícia Caixinha), um da Aliança Democrática (Liliana Reis) e um do Chega (João Ribeiro).

Em declarações à RCC durante a emissão especial Eleições Legislativas 2024, o covilhanense Nuno Fazenda, eleito pelo círculo eleitoral de Castelo Branco, referiu que, na região, o partido teve “uma vitória inequívoca”.

O recém-eleito deputado salientou o objetivo não atingido de “vencer a nível nacional”, frisando, no entanto, que tudo irão fazer “para estar à altura do mandato que foi confiado, para o exercer com toda a entrega em defesa do interior e da região”.

Nuno Fazenda defendeu ainda que, com a vitória da AD, “o país vai entrar num cenário de instabilidade, incerteza e imprevisibilidade”, frisando que “a subida do Chega nada acrescenta àquilo que é a riqueza democrática e os valores de Abril”.

Liliana Reis disse ter sido um resultado “agridoce”, uma vez que o objetivo “era, pelo menos, ter mais um deputado do que o que tinha em 2022”, algo que não veio a acontecer com a subida do Chega.

“Não posso estar tão feliz como estaria se a AD tivesse sido merecedora desse voto de confiança”, disse.

Para Liliana Reis, “na região houve, sobretudo, um voto de protesto face às políticas dos últimos oito anos de governação socialista”.

“As pessoas canalizaram esse voto de protesto para o Chega em vez de votarem num partido como a AD, com um programa que colocaria Portugal numa trajetória de crescimento”, concluiu.

João Ribeiro, eleito pelo Chega no círculo eleitoral de Castelo Branco pela primeira vez, disse estar “muito satisfeito”, explicando que “o voto útil no Interior não acontece apenas nos dois grandes partidos, mas também no Chega”.

Em declarações à RCC, João Ribeiro garantiu que irá “ser uma voz muito ativa em Lisboa na defesa do Interior, lutando pelas bandeiras que foram defendidas durante a campanha”.

“Um momento para celebrar a eleição dos deputados”, concluiu.