Isabel do Carmo lutou contra o regime nos anos 60. Fundou o Partido Revolucionário do Proletariado – Brigadas Revolucionárias e foi dirigente do Jornal Revolução.
Foi diversas vezes presa pela PIDE. Uma delas, na sequência do assassinato do estudante amigo de Aurora Rodrigues, porque escreveu um artigo a criticar e deixou-o na gaveta da sua secretária na ordem dos médicos, conta neste testemunho.
Foi a voz das mulheres nessa luta. Teve a coragem de falar quando outras calavam.
A sua luta começou muito antes de 1974. Viveu sempre num ambiente antirregime e cedo foi chamada comunista. Logo aos 10 anos, na escola, por não ser batizada.
Uma história de vida, que a própria conta, com muitos alertas para os tempos que agora vivemos.