Associação de Agricultores reclama resolução de problemas que afetam o setor na região

Na sua primeira reunião após a eleição dos órgãos sociais e no seguimento da tomada de posse do novo Governo de Portugal, a Associação Distrital dos Agricultores de Castelo Branco (ADACB), com sede no Fundão, “reclama a necessidade urgente de melhorar os preços à produção e o rendimento dos agricultores”, revela em nota de imprensa.

No documento, a associação sublinha que “decidiu tomar posição pública e reclamar a adoção de medidas, visando a resolução dos muitos problemas que afetam os agricultores e os produtores florestais da região”.


Para a ADACB “é urgente que o novo Governo intervenha para garantir o escoamento a preços justos para os agricultores, com a aplicação de uma Lei que proíba pagar aos produtores abaixo dos seus custos de produção e com a regulação e fiscalização da atividade da grande distribuição”.

A associação garante continuar a reclamar “o reforço de apoios públicos para o aumento da área de regadio na região com a concretização do regadio a sul da Gardunha desde a Mata da Rainha até Castelo Branco”, sublinhando a necessidade de “modernização do regadio da Cova da Beira, levando a água a mais exploração e a baixo preço”.

A ADACB reclama ainda “o reforço do Ministério da Agricultura, das Florestas e do Desenvolvimento Rural, com competências reforçadas, com meios e recursos humanos para apoiar o trabalho e a gestão das explorações agrícolas, reforço que terá de passar pela reversão da extinção das Direções Regionais de Agricultura e Pescas (DRAP)”.

“Apoios e dinamização do Movimento Associativo da agricultura familiar e a concretização plena do Estatuto da Agricultura Familiar” são outras das medidas defendidas pela associação, que salienta ainda “a resolução do grave problema dos prejuízos causados por animais selvagens e a justa distribuição das ajudas da PAC – Política Agrícola Comum”.

“Tal como temos alertado, o esmagamento dos preços na produção arrasta-se há muitos anos sem que tenha havido vontade política de resolver esta injustiça, levando ao progressivo empobrecimento e ao encerramento de muitas explorações agrícolas. Os consumidores são também vítimas desta situação, porque é cada vez mais caro colocar comida na mesa, enquanto as detentoras das principais cadeias de supermercados continuam a registar lucros milionários”, afirma a associação em nota de imprensa.