A nova peça da ASTA, Desafios (im)possíveis, uma criação e interpretação de António Abernu, pretende alertar as crianças para a necessidade urgente de alterar comportamentos com vista à mitigação das alterações climáticas.
Para atingir o objetivo, António Abernu veste a pela de um cientista, convidado pela escola para abordar esse tema.
Na “palestra” mostra o planeta terra como nunca o vimos, porque “as alterações climáticas não estão só na televisão”.
Desde a falta de água, às toneladas de detritos produzidos pela indústria do engarrafamento de água, até ao metano resultante das borras de café, tudo é mostrado pelo cientista que depois “conversa” com esse público para, em conjunto, encontrarem soluções para um problema que é de todos.
“As nossas ações têm reações”, sublinha o criador e intérprete da peça, depois de uma apresentação feita para a Rádio Clube da Covilhã esta quarta-feira, vincando que as crianças “têm que estar alertas e ter consciência do que se passa no mundo”.
“É sublinhar coisas que provavelmente eles já sabem, mas só ganhamos consciência das coisas quando nos mostram exemplos, e esta é uma tentativa de lhes mostrar que tudo isto está a acontecer e é preciso tomar medidas”, disse.
A peça surge na sequência de um desafio feito à ASTA para criar uma apresentação sobre o ambiente. A companhia decidiu ir mais longe e criar “uma conferência teatral”, utilizando a performance e a arte, porque “assim a mensagem chega melhor”, sublinhou o criador.
Ao longo da apresentação, de uma forma divertida e pedagógica, o cientista vai envolvendo o público e confrontando-o com dados, situações, fatos reais e científicos do abuso, dos danos e da exploração que a humanidade tem feito ao planeta onde vive.
Para já a peça tem apresentações agendadas em escolas da Covilhã. vai estrear no Agrupamento de Escolas do Teixoso, dia 12, com duas presentações.
Dias 15 e 16 estará na Biblioteca Municipal da Covilhã para os alunos do Agrupamento de Escolas Pêro da Covilhã e no dia 18 estará no Agrupamento de Escolas A Lã e a Neve.
A ASTA revela que a ideia é chegar a outras escolas, avança António Abernu, porque “é necessário falar sobre este tema, por os dados em cima da mesa e mostrar o que está a acontecer ao planeta onde vivemos”.