Covilhã avança com projeto pioneiro de recolha de biorresíduos

Arranca hoje na Covilhã o projeto piloto de recolha de biorresíduos, “Covilhã Sustentável”, suportado a 100% pelo Fundo Ambiental e CIM Beiras e Serra da Estrela, numa parceria com a ADC, Águas da Covilhã e a Câmara Municipal, para promover “a boa recolha, bom transporte e o melhor tratamento dos biorresíduos”, sublinhou Vítor Pereira.

O projeto nesta fase vai ter recolha em quatro localidades de freguesias rurais e em três bairros da cidade, em restaurantes, IPSS, na UBI e no Serra Shopping, detalhou o presidente da Câmara durante a cerimónia de apresentação, que decorreu esta manhã, no Jardim do Lago, na Covilhã.


Na apresentação sublinhou que uma das inovações do projeto é o facto de utilizar sacos biodegradáveis na recolha, o que possibilita que o composto dali resultante possa ser utilizado como fertilizante em qualquer produção agrícola, contrariando assim as limitações dos compostos resultantes da recolha que incluiu plástico.

Os sacos serão distribuídos aos utilizadores, bem como um balde mais pequeno, para ter em casa, que depois será depositado no contentor castanho que se junta aos já existentes, na recolha seletiva, nomeadamente verde (vidro), amarelo (plástico) e azul (papel). No caso de não ter o saco distribuído pode utilizar-se, em sua substituição um de papel, que seja biodegradável.

A recolha será feita por uma viatura elétrica, totalmente financiada pelo projeto, no valor de 170 mil euros.

Até final do ano o projeto será implementado em Cortes do Meio, Verdelhos, Paul e na localidade de Sarzedo e, na Covilhã, nos bairros da Quinta da Grila, Ribeiro Negro e Belo Zêzere.

Uma ideia “generosa e bem-intencionada”, disse o autarca, sublinhando a importância das campanhas de sensibilização que vão ser implementadas pela ADC, desde logo na Escola do Paul.

Vítor Pereira vinca que não se trata apenas de cumprir a lei, “mas de uma vontade de promover um município saudável, sustentável e amigo do bom ambiente”.

“Queremos passar à prática, estamos a ser inovadores em alguns dos aspetos”, disse frisando que “a monitorização, o acompanhamento, a sensibilização e o empenho dos munícipes ajudará que este projeto resulte na sua plenitude, e até 2030 o concelho esteja coberto com esta ideia de proteger e de progredir de forma sustentável em termos ambientais”, concluiu.

João Marques, administrador da ADC, sublinha que com esta recolha seletiva se pretende diminuir a quantidade destes resíduos em aterro e, consequentemente, a quantidade de dióxido de carbono produzido.

Dá conta que “por cada tonelada recolhida se diminui duas toneladas de produção de dióxido de carbono, estimando que nesta fase inicial, possa haver 200 a 330 toneladas de redução, o equivalente a 200 carros a circular por ano”, dando assim nota do “enorme impacto ambiental” da medida.

Sublinha que o objetivo é, numa segunda fase, ampliar o projeto, apontando que nesta altura a empresa municipal irá fazer a monitorização e acompanhamento de todo o processo para que este seja um sucesso.

Esta primeira fase estará em implementação até final do ano.