A peça “O Juiz da Beira”, de Gil Vicente, com encenação de Nuno Carinhas, inicia, no próximo dia 5 de julho, um circuito pelas freguesias do concelho da Covilhã, prosseguindo, depois, em digressão nacional.
O circuito começa na Aldeia do Souto (5), seguindo para Vale Formoso (16), Unhais da Serra (20), Coutada (21), Erada (24), Cortes do Meio (30), S. Jorge da Beira (31), Verdelhos (2 de agosto), Boidobra (6), Tortosendo (7), Sobral de S. Miguel (10), Barco (11).
A nível nacional, o espetáculo tem lugar, no dia de 7 de julho, na Maia, dia 11 em Tavira e dia 13 em Castelo Branco.
“O Juiz da Beira”, uma farsa de Gil Vicente, consiste numa espécie de continuação de uma outra peça do mesmo autor: “O auto de Inês Pereira”. Neste auto, a protagonista casa com um homem meio atolambado, Pêro Marques, que se revela um pau mandado.
“Em “O Juiz da Beira” vamos encontrar de novo Pêro Marques, ainda casado com Inês Pereira, mas desta vez feito juiz. Às suas audiências comparecem Ana Dias, que acusa o filho de Pêro Amaro de lhe ter violado a filha; Alonso López, que incrimina Ana Dias de ser alcoviteira; e um escudeiro, que acusa Ana Dias de ser ladra. Para finalizar, quatro irmãos (o Preguiçoso, o Bailador, o Amador e o Brigoso) vêm disputar a herança que lhes deixou o pai. Como seria de prever, Pêro Marques resolve da forma mais absurda todos estes litígios, mas, curiosamente, todas as sentenças acabam por revelar-se arrazoadas”, pode ler-se na sinopse da peça.