Investigadores da UBI participam em estudo que mostra que as mulheres idosas caem mais que os homens

Um estudo no qual participaram investigadores da Universidade da Beira Interior (UBI), em colaboração com Nikolaos Stergiou, presidente da Cátedra de investigação em Biomecânica, professor e diretor do Laboratório de Biomecânica da Universidade de Nebraska Omaha (EUA), aponta para a possível causa da maior incidência de quedas nas mulheres idosas que nos homens, revela a universidade em nota de imprensa.

A investigação centrou-se na análise do “minimum toe clearance” (MTC), sua variabilidade e complexidade. O MTC “define a distância mínima da trajetória do dedo do pé face ao solo, durante a marcha, e que pode resultar no contacto não intencional com obstáculos ou com o solo, levando a quedas”.


Os resultados indicaram que mulheres idosas “exibem um MTC significativamente menor do que os homens, evidenciando uma das possíveis causas para a maior incidência de quedas nas mulheres”.

“Compreender essas características específicas poderá ajudar a definir um conjunto de intervenções diferenciadas entre homens e mulheres, visando reduzir o risco de queda no sexo feminino”, pode ainda ler-se em nota de imprensa.

Entre os elementos da UBI envolvidos no trabalho está Aurélio Faria, docente de Biomecânica do Departamento de Ciências do Desporto, Jorge Gama, professor do Departamento de Matemática da UBI, e de Tiago Sousa, ex-aluno de mestrado, juntamente com outros dois investigadores de diferentes universidades portuguesas.

Nikolaos Stergiou é uma autoridade internacional no estudo da dinâmica não linear, “reconhecido como um dos líderes de excelência no campo da análise da variabilidade humana e do risco de queda, com um histórico de mais de 40 milhões de dólares em financiamento de diversas agências, incluindo a NIH, NASA, NSF e o Departamento de Educação dos EUA”.