A Associação Portuguesa de Deficientes de Castelo Branco anunciou, em conferência de imprensa, a realização de um torneio internacional de basquetebol em cadeira de rodas, na cidade da Covilhã. O torneio decorre nos dias 7 e 8 de setembro, no pavilhão nº1 da Universidade da Beira Interior (UBI).
Neste torneio, vão participar as equipas portuguesas APD Braga, APD Lisboa, APD Gaia e a equipa espanhola Getafe.
A Câmara Municipal da Covilhã disponibilizou-se a comparticipar na compra de seis cadeiras de rodas adaptadas para a modalidade de basquetebol, no entanto Raúl Pereira, presidente da APD de Castelo Branco, confessa que não são suficientes. Apesar de, ano após ano, existirem mais apoios, a APD necessita de mais verbas para que seja possível dar mais condições aos atletas.
“Congratulo a Câmara Municipal da Covilhã por ter comparticipado para a compra de seis cadeiras para a prática de basquetebol e para outras modalidades, nomeadamente andebol adaptado, e por ter contribuído com uma verba considerável de 6399€ para a compra dessas cadeiras. Claro que seis cadeiras é pouco, precisamos no mínimo 10. Vamos tentando, todos os anos, conseguir uma ou duas cadeiras novas, temos algumas usadas na sede que precisam de alguns reparos, mas começam a estar reunidas as condições para a consistência deste projeto e para a criação de uma equipa de basquetebol em cadeira de rodas”, confidencia Raúl Pereira.
O presidente da APD de Castelo Branco afirma que, apesar do projeto ter sido criado de raiz, está a crescer demasiado lentamente, e que “gostaria de já ter uma equipa de basquetebol a competir”. De acordo Raúl Pereira, este “é um projeto que está a ser pensado de raiz, com calma, bem pensado e que queremos que tenha a sua durabilidade, consistência e daí estarmos a fazê-lo de forma ponderada e calma. Talvez calma demais, pois eu pessoalmente já gostava de ter uma equipa de basquetebol a jogar mas, como compreenderão, estamos dependentes de terceiros”.
Questionado pela Rádio Clube da Covilhã acerca da importância de eventos desta natureza, o presidente da APD de Castelo Branco diz que o torneio é “uma oportunidade para a inclusão” e “para mostrar as capacidades e não as incapacidades” destes atletas com deficiência.
A Associação Portuguesa de Deficientes de Castelo Branco acredita que “este evento é a estrela dos eventos que nós promovemos no nosso plano de atividades. É o que despende de verbas mais avultadas. É também importante para que as pessoas de Castelo Branco, para além de estar a promover a modalidade, olhem para o desporto de uma forma diferente e como uma oportunidade para a inclusão. Há muita gente com deficiência que se isola, que pensa que é uma deficiência adquirida e isso mexe psicologicamente. Digamos que o desporto adaptado é uma janela para serem avaliados pelas suas capacidades e não pelas suas incapacidades”.
Raúl Pereira apela às pessoas para apoiarem e assistirem ao torneio, uma vez que é a melhor forma para a modalidade crescer e para motivar, cada vez mais, os atletas a competir.
O torneio conta com a ajuda de parceiros como a Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB), a Associação de Basquetebol de Castelo Branco, a Câmara Municipal da Covilhã, a UF da Covilhã e Canhoso, a UF de Cantar Galo e Vila do Carvalho, a UBI e os SASUBI.
O orçamento do evento ronda os 6000€.