A oposição na Câmara Municipal da Covilhã acusa a maioria socialista de “inércia e não decisão” em vários dossiers, entre eles as estradas. Demagogia, respondeu Vítor Pereira quando questionado pelos jornalistas.
“Foram pintadas algumas estradas, por causa dos ciclistas e eu diria que atingimos o ridículo. Não arranjamos as estradas porque os covilhanenses precisam de circular nas estradas ou porque nos vêm visitar estas importantes provas desportivas, pintamos apenas as estradas para que fiquem bem na televisão”, acusou Pedro Farroba, vereador eleito pela coligação “Juntos Fazemos Melhor”.
O líder da oposição frisa que este é um “lavar de cara”, salientando que nos mandatos de Vítor Pereira “não se rasgou uma única estrada nova, só houve manutenção”.
Sublinha que face à “inércia” da maioria socialista, “a oposição, neste último ano político, vai exigir que o município cumpra o papel que um executivo municipal deve ter, que é o de valorizar a vida dos covilhanenses e melhorar todos os dias as condições para poderem viver na cidade”, disse.
A terminar Pedro Farromba dá conta ainda do estado dos passeios, “que são um drama”, com buracos, e árvores que muitas vezes os ocupam, sublinhando que que também aqui “urge uma intervenção”.
Questionado pelos jornalistas Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal da Covilhã, lamenta o aproveitamento de uma situação que é positiva, do ponto de vista da notoriedade que se dá à Covilhã, salientando que o objetivo das intervenções foi somente sinalizar devidamente o percurso dos ciclistas.
“Lamento que se vá às minudências, sem prejuízo das intervenções que as estradas precisam, mas vindo duas provas desta importância, a Volta a Portugal e a Vuelta, tínhamos que sinalizar devidamente o percurso dos ciclistas, não foi mais do que isso. Não foi para iludir ninguém, nem para criar nenhuma manobra de diversão, foi para facilitar o curso normal da prova”, disse.
O autarca considera que a acusação não passa de demagogia: “Quando se quer fazer política a todo o custo cai-se na demagogia que não tem nenhum sentido, aliás, é um atentado contra a inteligência dos covilhanenses”, frisou.
Vítor Pereira sublinha que a intervenção nas estradas está programada, segundo a calendarização que já referiu em diversas intervenções, sublinhando que não se poderia fazer na altura em que os ciclistas iriam passar no concelho.