Depois de conhecido o estudo da DecoProteste para os preços de água, que coloca o Município do Fundão como o mais caro para consumos de 180 metros cúbicos, a Câmara Municipal do Fundão, em comunicado, vem esclarecer que esses consumos atingem 1,4% dos consumidores e visam “penalizar consumos abusivos”.
“180m3 anuais correspondem a um consumo mensal de 15m3. No caso particular do concelho do Fundão, dos 17.807 contratos de abastecimento de água apenas 258 correspondem a consumos superiores a 15m3”, o que significa que “apenas 1,4%, ou seja, um pouco mais de 1% dos consumidores do Fundão são abrangidos por este patamar de consumos”.
A autarquia explica que sendo “a água como um bem essencial e escasso”, procura “sempre penalizar o uso abusivo e gratuito” apontando que “só um exercício alarmista e ambientalmente repreensível poderia querer comparar tarifários que penalizam o consumo excessivo de água com outros que nem o tratamento de efluentes cobram”.
Acrescenta que “a entidade reguladora (ERSAR) define os 10m3 como o referencial de consumo médio de uma família e de comparação à escala nacional. Nesse campo, o tarifário do Fundão apresenta um padrão médio e anualmente validado pela entidade reguladora, e que cumpre integralmente a lei das finanças locais nomeadamente na cobertura de custos”.
Na nota a Câmara Municipal do Fundão frisa que entre os consumidores com os tais 15 metros cúbicos mensais podem existir descontos para famílias numerosas e utentes de cartão social municipal que serão na ordem dos 50% sobre a fatura, os restantes serão “clientes de utilização supérflua de água, dando a título de exemplo as regas de jardins com água tratada ou o abastecimento de piscinas para fins de lazer”.