“Diretor não está à altura”. Coro Misto da Beira Interior tece duras críticas à gestão do TMC

O Coro Misto da Beira Interior, em nota de imprensa, tece duras críticas à gestão do Teatro Municipal da Covilhã, salientando que aguardou um ano pela resposta a uma proposta de concerto a realizar na sala, a propósito das comemorações dos seus 35 anos de atividade.

Luís Cipriano, maestro de diretor da Associação Cultural da Beira Interior, já o tinha feita em declarações à Rádio Clube da Covilhã, em agosto, quando sublinhou que pretendia estrear o concerto “We Are Queen” na sala covilhanense.


“Gostaríamos muito de o fazer na Covilhã, já mandámos email para o TMC há um ano e não responderam, há meio ano também não responderam, por isso este projeto deverá estrear fora da Covilhã ou num auditório da UBI, porque a Covilhã parece que não tem Teatro Municipal, tem uma espécie de teatro privado de alguém”, disse.

O Coro Misto da Beira Interior iniciou as comemorações do 35.º aniversário com vários concertos, com destaque para o realizado a 21 de outubro no Centro Cultural de Belém a convite do Plano Nacional de Artes.

Já o principal concerto “We are Queen” “terá de ser realizado fora da Covilhã por indisponibilidade do Teatro Municipal da Covilhã, frisando que depois de um ano de espera pela resposta à proposta, “só agora, e por informação do gabinete da Vereadora da Cultura, se teve conhecimento que tal não será possível”, dá conta a nota de imprensa.

No documento lamenta-se “a falta de ética do TMC ou de quem manda nele e até falta de profissionalismo pois o mínimo que se exige a quem tem ordenado para tal é que responda aos e-mails e às propostas que são enviadas”.  “É o mínimo até para um Teatro que funcione mal, quanto mais para um que se pretende de bom funcionamento e cujo diretor até conta com os serviços de uma secretária”.

É ainda sugerido que se conheça a “sua renumeração para se entender se a taxa de esforço do seu desempenho é adequada ou porventura ser aumentado ou até despedido”.

Na nota relembra-se que o TMC teve a sua candidatura à DGArtes chumbada “o que não é bom cartão de visita para a gestão deste espaço cultural”, concluindo que “este Diretor não está à altura das espectativas que nele foram depositadas e criou um reino acima do próprio Reino à conta do erário público”.

Depois de salientar as diversas salas em que o coro já atuou a nível mundial, é referido na nota que um concerto no TMC “não aumenta em nada o currículo do Coro Misto da Beira Interior, mas sim o do próprio TMC”, referindo que, aumentaria, no entanto, “a felicidade” do grupo por “poder comemorar o aniversário junto das pessoas da Covilhã”.