Beira Interior vai ter modelo inédito de mobilidade gerido por plataforma digital com recurso a IA

A Beira Interior está a preparar-se para a implementação de um modelo inédito de mobilidade na região, cujas bases foram apresentadas na semana passada num seminário promovido pela AMT, Autoridade da Mobilidade e Transportes.

Covilhã, Fundão, Belmonte, Castelo Branco e Guarda são os 5 municípios envolvidos e que rubricaram já rubricaram o protolo para iniciar um projeto piloto.


Segundo avança o jornal online ECO, que assistiu à apresentação, a AMT vai criar uma rede integrada com comboio, autocarro, táxis e até bicicletas, que será gerida e coordenada por uma plataforma, com recurso a IA, para conciliar os horários de todos os meios.

Segundo detalha o jornal o projeto começou a ser idealizado numa viagem de comboio realizada em outubro de 2023, quando elementos da AMT viajaram de comboio de Lisboa para a Covilhã, acompanhados dos autarcas que se foram juntando em cada estação, seguindo para um congresso da AMT que se realizou na Covilhã.

“Quando chegaram à Covilhã a ideia para este projeto entre cinco municípios da Beira Interior estava estabelecida”, conta Ana Paula Vitorino, presidente da Autoridade da Mobilidade e Transportes.

“Ficou decidido que faríamos um projeto piloto num eixo com todos os modos e nós [AMT] iríamos coordenar e fazer uma plataforma, utilizando inteligência artificial, que permitisse coordenar os horários de tudo. Naquele eixo, existem muitas deslocações de estudantes universitários, de trabalhadores que trabalham num concelho e vivem noutro”, cita o ECO/Local Online.

A estratégia definida passa por soluções como a utilização de slots da Linha da Beira Baixa para serviços ferroviários urbanos e interurbanos, mas também pela utilização dos atuais autocarros, do transporte escolar, dos táxis e até de bicicletas partilhadas e outros meios de mobilidade suave.

O protocolo foi assinado na última semana entre a AMT e os municípios da Covilhã, Belmonte, Fundão, Castelo Branco e Guarda e prevê realizar um “projeto piloto, ver se funciona, ajustar e fazer as alterações necessárias”.

O primeiro passo é o lançamento do concurso para a construção da plataforma eletrónica em que assentará este novo modelo de transporte intermunicipal. A AMT dispõe de 600 mil euros para o efeito, diz Ana Paula Vitorino.