A 119.ª produção do Teatro das Beiras, “Um Conto Japonês”, é a adaptação do conto “A Árvore” de Sophia de Mello Breyner Andresen e vai a cena para evidenciar a nossa relação com a natureza, levando cada um a refletir sobre o tema, aponta o encenador Fernando Mota.
“É um mergulho na filosofia japonesa e na sua cultura”, diz, sublinhando “o grande respeito e veneração” que os japonenses têm pela natureza. “Vêm-se a eles próprios como uma parte da natureza. Na peça, a árvore e as criaturas humanas fazem parte de um todo”, disse aos jornalistas na apresentação da peça.
Em palco estão dois atores, um bombo e uma árvore que constroem uma peça com ritmo e cantigas em que se conta a história de uma árvore numa ilha do Japão, que tem que ser cortada, mas que depois de várias “peripécias acaba por manter a vida de outra forma”.
“É isso que eu espero que tanto as crianças como os adultos levem do espetáculo”, diz Fernando Mota.
A base da peça é a obra de Sophia de Mello Breyner Andresen, mas “não é fiel ao original”, sublinha também o encenador.
“Quem conta um conto acrescenta um ponto e a Sofia escreveu este conto com a memória de o ter lido na infância. Nós retivemos o essencial, que é a relação com a natureza e a transformação da natureza em poesia, neste caso em música”, aponta.
Trata-se de um espetáculo para “todas as infâncias”, com um “lado poético” que comunica bem “com as crianças que estão dentro dos adultos”.
É mais uma produção para a infância do Teatro das Beiras, revelando a sua preocupação com a “formação de públicos”, atraindo para o teatro os mais pequenos.
A encenação é de Fernando Mota, com direção cénica de Tiago Sami Pereira e Interpretação de Miguel Brás e Sílvia Morais.
A peça estreia a 15 de fevereiro, às 16:00, para o público em geral. Estará em cena de 17 a 21 e a 28 de fevereiro, com sessões para as escolas, no Teatro das Beiras – Auditório Fernando Landeira (Covilhã). Os bilhetes estão à venda na bilheteira do Teatro das Beiras e na Ticketline.