Covilhã: freguesias reivindicam mais investimento na reabilitação de habitações devolutas

Reconhecendo que a criação de Áreas de Reabilitação Urbana, ARU, trouxe benefícios e reduções em diversas taxas para a reabilitação urbana, e que incrementaram essa reabilitação, é preciso agir de forma diferente face aos edifícios devolutos, muitas vezes em ruínas, nas aldeias, alertou Rui Amaro, presidente da União de Freguesias de Peso e Vales do Rio, durante o debate sobre habitação na Assembleia Municipal da Covilhã.

“Nas freguesias continuamos com grandes problemas com as habitações devolutas, que no centro histórico estão a cair. Gostaríamos que houvesse outro tipo de política, que a câmara pudesse adquirir e serem recuperadas e colocadas no mercado. Seria uma boa solução. Temos escolas, creches, farmácias, tudo o que é necessário para as pessoas se instalem”, só é preciso mais habitação.


Marco Gabriel, presidente da Junta de Freguesia da Boidobra, apontou “o excelente trabalho” feito na requalificação da habitação social na Boidobra que “ficou um brinco”, recomendando que seja feita, rapidamente a ligação dos painéis fotovoltaicos instalados.

O autarca aponta ainda outras medidas que devem ser implementadas como a criação de uma equipa multidisciplinar, ou empresa municipal, ou protocolar a gestão de serviços na área dos condomínios municipais para zelar pela manutenção e a promoção de projetos piloto que possam permitir a ocupação à tipologia de cada fogo”, disse.

Também David Silva, presidente da Junta de Freguesia do Tortosendo, reconheceu o bom trabalho feito na habitação social do Bairro do Cabeço e a que está em curso na Rua Nova do Souto. Sobre a recuperação de imóveis, aplaude o investimento privado, mas recomenda que a CMC, como proprietária de alguns desses imóveis no centro da vila “dê o exemplo e proceda a essa recuperação”.

Os autarcas falavam na Assembleia Municipal sobre habitação que decorreu a 30 de maio.