Sem “jogos políticos ou de poder” Jorge Simões, candidato do PSD à presidência da Câmara Municipal da Covilhã propõe-se “reerguer a Covilhã, com seriedade e ambição”, começou por dizer na apresentação pública da sua candidatura, ontem, dia 13, ao final da tarde, sob o lema “Na Covilhã todos contam”.
Para o candidato é “tempo de dizer basta, de mudança e de coragem”, e de por em prática um “programa sólido, realista e transparente”, com “rigor financeiro, gestão eficaz” e construir uma Covilhã “viva inclusiva, inovadora e sustentável”
Coloca a saúde “no centro das ações”, prometendo “um seguro de saúde para proporcionar, gratuitamente, a todos os utentes consultas e exames médicos”. Promete também unidade móveis em todas as freguesias.
Pretende também colocar em vigor incentivos à aquisição de casa própria para os jovens. Apresentou ainda medidas para a educação, economia e agricultura.
“Programas de apoio a start-ups tecnológicas e criativas e benefícios fiscais para empresas que apostem em jovens qualificados. Na educação queremos um sistema moderno, com escolas equipadas, acesso universal à internet e disciplinas do futuro. Queremos dinamizar a economia local, apostando na agricultura sustentável, na digitalização do comércio tradicional e na valorização turística da Serra da Estrela”, frisou.
A mobilidade integrada e ciclovias adaptadas à orografia do terreno são outras medidas apontadas no seu programa. A cultura e desporto são outras áreas prioritárias.
“Na cultura e no desporto propomos a requalificação dos equipamentos existentes, a reabilitação da “Fábrica da Nova Penteação” com a criação de um centro cultural, contruir um polidesportivo e um complexo de piscinas”, prometeu, frisando que a sua candidatura quer “uma Covilhã inclusiva, diversa, amiga das famílias e aberta ao mundo”.
Na sua intervenção acusou o PS de governar na Covilhã nos últimos 12 anos segundo as prioridades dos ciclos eleitorais, não resolvendo problemas urgentes como a habitação, emprego, mobilidade e fixação de jovens, esquecendo as freguesias e os jovens.
Não poupou, também, nas críticas a outras candidaturas.
“Uma coligação de direita, mascarada de novidade, promessas vagas, sem rigor, sem ambição, sonhos de papel que caem ao primeiro embate com a realidade, é mais, mais do mesmo”, disse.
Apontou também à candidatura do PS: “um PS dividido e preso a si próprio. Acredita que o símbolo basta para vencer, mas está consumido por vaidades, rivalidades e medo de perder espaço. Quando o ego fala mais alto não há projeto que resista”, disse.
Vincou, ainda, que a candidatura independente também é responsável pela promessa de obras não cumpridas “e o que devia ser um pedido de desculpas à população é transformado numa arma de arremesso político. A Covilhã não é palco para guerras internas, nem vaidades pessoais”, concluiu.
O candidato frisou ainda que irá exigir ao Governo a construção da Barragem das Cortes, a concretização do Plano de revitalização da Serra da Estrela e a requalificação da Escola Secundária Campos Melo.
Entre as várias intervenções da sessão de apresentação, que decorreu frente à sede de candidatura, no Centro Cívico, junto ao Pelourinho, o mais critico foi o de Carlos Pinto, mandatário da candidatura e ex-presidente da Câmara da Covilhã, apontando que passados 12 anos de governação PS “não há uma marca de inovação, não há nada de novo no concelho”.
Recusou a ideia de bandeiras de partidos para voltar a erguer a “bandeira da Covilhã”, a única que conta nas eleições autárquicas, sublinhou.
O ex-autarca aponta Jorge Simões como a “oportunidade para a mudança”.
“Um homem fazedor como é Jorge Simões. O seu perfil não é apenas de dizer, mas o de cumprir dizendo e fazendo. O seu perfil é o de não permitir que a narrativa de estar na vida política seja apenas o que se retira das redes sociais. É com o Jorge Simões, e a experiência de participação no corpo de eleitos municipais, que temos a esperar a mudança desta situação, assistimos nos últimos anos a um retrocesso da dinâmica deixada em 2013”, disse.
Leonor Cipriano, líder da concelhia do PSD, assegurou que o partido “está mobilizado e unido para preparar um novo rumo”, para construir “uma vitória com ética”.
Guilherme Torgal, mandatário da juventude destacou a visão estratégica que a candidatura tem para a cidade, acusando a gestão PS de “durante 12 anos ter virado as costas à juventude”.
Por parte da Distrital do Partido esteve presente o vice-presidente Ricardo Aires que apontou que Jorge Simões tem “capacidade para liderar a mudança na Covilhã”, frisando que o seu nome não foi uma escolha “ao acaso”.
“Foi uma escolha madura, consensual e estratégica tomada pela seção do PSD da Covilhã, inteiramente apoiada pela Distrital e pela Nacional do PSD”, assegurou. Uma candidatura que representa “a competência, experiência e seriedade”, disse.
Ana Caimão apresentou publicamente o apoio do movimento “A Covilhã tem Força”, à candidatura de Jorge Simões que “não é movido pelo ódio, nem por interesses obscuros ou vaidades pessoais”, traz a “vontade de fazer da Covilhã uma terra com futuro”, disse.
A terminar a sessão usou da palavra o Ministro Adjunto e da Reforma do Estado, Gonçalo Matias, que assegurou que Jorge Simões tem condições para “recuperar o enorme potencial da Covilhã”.
“Pelo seu percurso pessoal, pelo que conhece e pelo que trabalhou, mas também, e sobretudo, pelo apoio das pessoas que estão à sua volta, tem todas as condições para recuperar o enorme potencial da Covilhã e eu tenho a certeza que é isso que vai fazer”, vincou.