Manteigas vai sair da Associação Aldeias Históricas de Portugal. Embora elogie a rede, Flávio Massano, presidente da CM Manteigas, sublinha que para o território não há vantagens em permanecer.
O presidente da Câmara Municipal de Manteigas falava na Assembleia Municipal, na última sexta-feira, dia 12, em que a saída foi aprovada por maioria.
“Neste momento as quotas são cerca de 4500 euros por ano, prevê-se até que possam aumentar nos próximos tempos”, começou por explicar. Realça que se trata de “uma grande rede”, talvez “a mais antiga e uma das mais interessantes em termos de proveres, porque as aldeias históricas com os seus castelos e muralhas fazem uma excelente rede turística e que tem feito muito, a questão é que Manteigas não tem ligação a esta parte histórica. Não temos castelos, nem património histórico deste tipo para fortalecer esta entidade”, disse.
Recordou que a adesão foi sustentada com o facto de Manteigas vir a pertencer à Grande Rota das Aldeias Históricas. Ela existe, passa em estradões de Manteigas, mas o Município não é referenciado na publicidade e nas comunicações por não ser aldeia histórica, avançou ainda o autarca, detalhando que “não há grandes vantagens” em pertencer à Associação.
Flávio Massano frisa que o concelho está envolvido em outras associações que, entretanto, surgiram, como Aldeias de Montanha, Enature e Geoparques que estão mais relacionadas com o concelho.
“A nossa proposta é simples, ou ficamos e pagamos, não tirando daí muito mais, ou saímos e focamo-nos em redes em que Manteigas tem uma palavra a dizer”, concluiu.
A proposta, que tinha sido aprovada em reunião de Câmara por unanimidade, foi aprovada pelos eleitos municipais com um voto contra e uma abstenção.