Na festa “Pelas Pessoas” que a candidatura do Movimento Independente Pelas Pessoas, liderado por Carlos Martins, promoveu ontem ao final da tarde no Jardim das Artes, ficou patente a confiança na vitória nas autárquicas de domingo. Uma equipa que o candidato considera “um exército da Paz”.
A encerrar o penúltimo dia de campanha Carlos Martins afirmou que continua, tal como em abril quando apresentou a candidatura, com a firme convicção que vai vencer as eleições, mostrando-se “motivado para servir o concelho”.
“Continuo ao fim deste tempo todo, desde abril, com a mesma determinação, confiança e crença de que serei eleito presidente da Câmara Municipal da Covilhã. Não estou cansado, não! A energia é a mesma desde abril. A minha energia não se esgotou, não está a gasta. Estou empenhado, estou dedicado e motivado para servir os covilhanenses”, disse.
Na sua intervenção sublinhou algumas das principais medidas do programa eleitoral, começando por aqueles que mais preocupam, as crianças e idosos: acabar com aulas em contentores, como ainda existem, intervir nas escolas e conseguir creches para todos. Para os idosos, pretende uma reabertura digna do Espaço das Idades e reafirmou a necessidade de um lar solidário para que todos possam ter “um espaço digno onde viver”.
Voltaram a ouvir-se críticas ao estado da saúde e à localização da USF Hermínius, afirmando que irá “revogar esta medida”.
Reclamou união com a UBI, e afirmou a preocupação em levar emprego a todas as freguesias.
Pediu “mais bebés” aos casais jovens, prometendo “incentivos à natalidade”.
Na habitação, prometeu um olhar aos mais carenciados, criando condições para que haja habitação “sem criar guetos”.
Criticou também a mobilidade, cujo responsável, disse, é Hélio Fazendeiro, prometendo trabalhar para que os transportes municipais sejam uma realidade, frisando, também, que serão reduzidos os preços dos passes sociais.
Com o MIPP a governar o concelho haverá condições para apostar no turismo em todas as freguesias, disse Carlos Martins, apontando também que haverá desporto, recreio e cultura para todos.
A criação de um Balcão Único nas freguesias foi outra das medidas anunciadas, bem como “dar vida ao centro histórico” e fazer “uma revolução” nas obras dos caminhos e nas estradas.
O candidato independente sublinhou que tem uma equipa para pacificar o concelho, sem promessas.
“Nós nunca prometemos nada, nunca. Em todo este tempo, nós nunca prometemos nada. Não prometemos nada em lado nenhum. Estou a olhar para todos vocês que andaram na campanha, não é apenas este núcleo da Câmara, não, não. Nós somos exatamente um exército, mas um exército da paz. Nós não combatemos ninguém. Nós queremos dar paz ao Concelho da Covilhã”, disse.
Aumentar os apoios financeiros e logísticos para as freguesias, a revisão do PDM, a construção de um complexo de piscinas, em parceria com a UBI, um pavilhão arena, a barragem das Cortes, que “não foi construída por preguiça e negligência do atual executivo”, e a da Atalaia, foram outras medidas que o candidato recordou na sua intervenção e que tem sublinhado na campanha.
Apontou ainda a construção de um Aeródromo, para substituir o que “Carlos Pinto destruiu”. Obras no complexo desportivo e condições para os jovens praticarem desporto, foi outro dos temas da sua intervenção.
“Complexo Desportivo só no nome, vejam bem como está. Não há sequer um campo de futebol sintético, não há um. Vamos ao Fundão ou a Belmonte e há vários, mas a partir de dia 12 de outubro vai haver condições para os jovens praticarem desporto em segurança”, disse.
Criar a figura do Táxi Amigo, para transporte nas freguesias rurais, criar a Polícia Municipal, para responder ao crescimento da cidade, e reclamar o IC6, foram outras medidas recordadas pelo candidato, que também não esqueceu a requalificação da Goldra e as várias homenagens que irá promover se for eleito, entre elas a edificação de uma estátua a Duarte Simões junto à entrada principal da UBI.
José Páscoa, primeiro da lista à Assembleia Municipal da Covilhã elogiou o espírito feliz e vitorioso da campanha do Movimento.
“É que há duas maneiras de fazer campanha, a triste, dos obrigados, daqueles que, coitados, já não têm esperança, das caras cinzentas dos que sabem que vão perder, e a campanha das caras felizes que estão aqui hoje, e de tantas que por esse concelho fora disseram ao Carlos Martins: lá estaremos para garantir a vitória no dia 12”, vincou.
Uma equipa para acabar com 12 anos de “cinzentismo e de atraso da Covilhã”, frisou.
“Há duas maneiras de gerir uma cidade e um concelho. É a maneira cinzenta, adiada, é a maneira da preguiça. Com Carlos Martins sabemos que seremos a capital da Beira Interior porque vamos dar o exemplo e os outros vão tirar notas de como se fazem as coisas, o que temos hoje é uma Câmara que anda a tirar notas das outras câmaras e nós não queremos isto”, disse José Páscoa.
Na mesma linha também disse que há duas maneiras de sair da Câmara: “Eu diria que há duas maneiras de deixar uma câmara, há aqueles que deixam uma camara e sonham ser presidentes da CCDR Centro, ali no Fundão, e há aqueles que deixam uma camara e sonham ser presidentes da Câmara de Belmonte”, apontou.
Abel Cardoso, candidato à União de Freguesias da Covilhã e Canhoso, sublinhou o orgulho que sente de há 32 anos acompanhar Carlos Martins, salientando que a escolha, no domingo, está entre o projeto de alguém que “é dono e senhor da cidade”, ou de uma equipa que pretende “criar um concelho onde todos serão apoiados, sem discriminações como as que aconteceram nos últimos 8 anos”, acusou.
Intervenções na festa “Pelas Pessoas” que terminou com o cantar de parabéns ao candidato Carlos Martins que completava 64 anos, com os apoiantes do Movimento a declararem que a prenda chega no domingo, com a vitória eleitoral.