Termina experiência piloto na GNR do Teixoso, mas preocupação continua

Acaba amanhã a experiência piloto que decorre no posto da GNR do Teixoso e no dia um, os guardas que foram deslocalizados para a Covilhã regressam, será também retomado o anterior horário e funcionamento. Uma situação que não satisfaz os eleitos na freguesia por não ser definitiva e por isso aprovaram em assembleia de freguesia medidas “firmes e conjuntas” para demonstrar o seu descontentamento.

A informação de que o posto volta ao horário anterior foi dada pelo Comandante do Destacamento da Covilhã daquela força militar ao presidente da Assembleia de Freguesia, Pedro Leitão Pais, garantindo que “ao posto irá também retornar todo o mobiliário e armamento que nesta fase foi retirado”.


Uma situação que não é definitiva já que “a experiência feita ao longo das últimas 3 semanas é considerada positiva pela GNR”, disse o autarca. Segundo Pedro Leitão Pais “o relatório do responsável pelo posto da Covilhã é no sentido de implementar este modelo de funcionamento no futuro, uma vez que o considera positivo e que assim consegue ter mais efetivos no terreno”. Uma posição que não é defendida no Teixoso nem por responsáveis pelos órgãos autárquicos ,nem população.

O presidente da mesa da Assembleia acrescenta que “a decisão final é política e é aí que temos que pressionar para que a decisão final não seja essa”.

Pedro Leitão Pais falava à população do Teixoso que encheu o Salão Paroquial da vila para assistir a uma assembleia de freguesia extraordinária para debater esta matéria.

Na reunião, que durou cerca de 3 horas, foram vários os populares que usaram da palavra para exprimir, “descontentamento e revolta” com a situação.

Entre os elementos da Assembleia de Freguesia e Executivo da Junta, apesar do esgrimir de argumentos sobre a forma como o processo foi conduzido, no final acabou por reinar a “unanimidade e a união em torno da causa”, salientou o presidente da Assembleia, que desde o início exortou a que fosse tomada uma posição “conjunta e firme para dizer que não queremos esta solução”.

A assembleia aprovou por unanimidade uma moção de protesto a enviar ao presidente da República e Ministério da Administração Interna, aos comandos nacionais, distritais e locais da GNR, bem como aos partidos políticos e deputados eleitos pelo círculo de Castelo Branco. Decidiram ainda juntar à moção a petição iniciada por José Valério e que conta já com mais de 500 assinaturas. Aprovaram ainda a realização de uma manifestação popular no futuro se for necessário e a criação de um grupo de trabalho para acompanhar o evoluir da situação.

A assembleia quer mostrar firmeza na posição da população e dos eleitos ao dizer que não concordam com a experiência realizada. “Estamos desconfiados, todo o processo foi mal conduzido, nem os eleitos nem a população foram informados e as reuniões que tivemos com o comandante não nos levam a ter confiança e aceitação da situação”, disse no final aos jornalistas o presidente da Mesa da Assembleia.

À semelhança do que fizeram há 2 anos com o possível encerramento da Caixa Geral de Depósitos a população do Teixoso, junto com os eleitos da Assembleia de Freguesia e executivo da União de Freguesias, afirmam que tudo farão para que o funcionamento do posto da GNR, que serve uma população de cerca de 5 mil habitantes, “não só se mantenha a funcionar nos moldes anteriores, mas que melhore mesmo o seu desempenho”.