Na base do voto de protesto apresentado por Adolfo Mesquita Nunes está a falta de resposta da autarquia a propostas que apresentou há um ano atrás, nomeadamente “a transmissão online das sessões públicas da autarquia” e a revogação de um despacho aprovado ainda na gestão de Carlos Pinto, que o centrista considera “ilegal” porque “impõe uma renda mínima para a habitação social”.
José Armando Serra dos Reis esclareceu que só poderiam votar os temas se estivessem em agenda, e sugeriu nova apresentação, algo que Mesquita Nunes rejeitou. O vereador afirmou que seria “fazer figura triste” trazer propostas que já“estão na autarquia há meses, que foram retiradas para obter parecer jurídico e posterior votação”, acrescentando que “o estarem na mesma” , prova a ineficácia da Câmara Municipal da Covilhã e dos seus serviços”, razões para o voto de protesto. Serra dos Reis esclareceu que a resposta sobre o andamento destes pareceres “cabe ao presidente da câmara” e “devido à sua ausência” sugeriu a discussão “para a próxima reunião”.
Face à recorrente chamada de atenção para as propostas ao longo do último ano, Mesquita Nunes não recuou e o protesto acabou chumbado com 2 votos favoráveis, de Carlos Pinto e do proponente, e os votos contra da maioria socialista. Carlos Pinto justificou o voto com a “falta de esclarecimentos por parte da autarquia” recordando que o próprio já recorreu ao tribunal para obter informações”. O vereador independente realçou no entanto que no caso do despacho sobre as rendas de habitação social “irá pronunciar-se quando for agendado”.
Pela maioria socialista falou José Miguel Oliveira, que considerou “Show off” a posição do vereador do CDS, acrescentando que o voto é extemporâneo uma vez que “caso o presidente estivesse presente poderia esclarecer cabalmente a situação”.