CHUCB: “Os recursos humanos não são a mais-valia. São a própria instituição.”

O Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira celebrou ontem o seu 19º aniversário. Por forma a assinalar a data, o centro organizou uma cerimónia no Hospital Pêro da Covilhã onde foram homenageados os funcionários com 10, 20, 30 e 40 anos de serviço na instituição.

No seu discurso, o presidente do conselho de administração do CHUCB, João Casteleiro, salientou que a gestão “com resiliência e rigor” das duas unidades de saúde que compõem o Centro Hospitalar, a “complementaridade entre si” e a “potenciação dos seus recursos” levam ao cumprimento da “missão global” da instituição. Com atenções centradas na tríade “assistência, ensino e investigação” e uma aposta forte na “modernização e inovação”, a estratégia governativa do CHUCB tem dado frutos, afirmou o responsável, que considera esta uma “instituição de saúde sadia”.


João Casteleiro elogiou também os recursos humanos que gere, colocando aí a tónica para o sucesso alcançado. O administrador afirma que “os recursos humanos não são a mais-valia. São a própria instituição”. É com base na resiliência que o CHUCB faz face “às extraordinárias dificuldades económico financeiras, fruto de um modelo de financiamento que não atende às especificidades da instituição”, referiu o responsável pela unidade hospitalar, reforçando que “este não é motivo para baixar os braços”. Um trabalho que, em agosto, foi “justamente” reconhecido ao centro hospitalar com o estatuto de “Universitário”, frisou João Casteleiro. O cirurgião destacou ainda que, desde o início, o Centro Hospitalar da Cova da Beira é o “hospital nuclear da faculdade de ciências da saúde da UBI”, sendo docentes em unidades de ensino “mais de uma centena de profissionais do corpo clínico”, para além de, anualmente, o CHUCB receber “cerca de mil estagiários nas várias áreas clínicas”.

Quanto ao futuro, o presidente conselho de administração anunciou a “modernização do bloco operatório, recobro e central de esterilização” no hospital da Covilhã, um projeto estimado no valor de um milhão de euros e comparticipado pela União Europeia. João Casteleiro avançou ainda que está para muito breve o início das obras no hospital do Fundão para instalar a medicina nuclear e que, em fevereiro, “irão retomar a consulta de pediatria” naquela cidade. Para breve está também o arranque do funcionamento da especialidade de nefrologia, na Covilhã, e da hospitalização domiciliária.

João Casteleiro referiu igualmente que é objetivo do Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira investir “mais tempo na área da cirurgia de ambulatório” por forma a diminuir as listas de espera em cirurgia.