CDS-PP questiona governo sobre a Turistrela

Considerando que a “Turistrela é um importante grupo económico da região da Covilhã”, responsável por um “elevado número de investimentos no interior do país, e ainda, responsável pelo desenvolvimento de uma estância única em Portugal”, e face às polémicas que têm vindo a público sobre o “alegado “modus operandi” da empresa, que passa pela violação de regras legais e pela violação do próprio contrato de concessão”. É de recordar a mais recente violação, que se “prende com o impacte ambiental gerado pela instalação, na estância, de um tapete rolante que permite, aos iniciantes nas modalidades de esqui e snowboard, o acesso a meios mecânicos idênticos aos existentes nas principais estâncias da Europa”, o grupo parlamentar do CDS-PP quer esclarecimentos do governo sobre a atuação da empresa.

 Os centristas dizem em comunicado que, “o próprio contrato de concessão deveria ser claro relativamente às intervenções permitidas na área concessionada, devendo fazer-se referência às exigências legais em matéria ambiental”.


Face a estas dúvidas, num conjunto de perguntas dirigidas ao Ministro-adjunto e da Economia, os deputados do CDS-PP Hélder Amaral, Patrícia Fonseca, Álvaro Castello-Branco e João Rebelo querem esclarecimentos sobre a concessão da Turistrela. Os deputados questionam “quais são as intervenções permitidas à empresa para desenvolver e melhorar a estância de esqui da Serra da Estrela” e se “os mais recentes investimentos realizados, estavam obrigados a Avaliação de Impacte Ambiental?”.

O CDS quer ainda saber se “para o Governo faz sentido proceder a uma revisão contratual, que permita melhorar as condições de desenvolvimento da estância, bem como garantir o respeito pelas regras ambientais” e quanto “custaria ao estado, de acordo com o contrato de concessão, a cessação contratual por intermédio de uma rescisão”. O grupo parlamentar centrista questiona ainda qual “a cooperação que tem existido entre o Governo, as autarquias, a Turistrela, as associações locais e as entidades ambientais, para avaliar o futuro da Serra da Estrela e a estratégia turística para a região”.