A Câmara Municipal da Covilhã “não cumpriu o protocolo que assinou com o Ministério da Educação, nem o caderno de encargos, para a requalificação do Pavilhão Gimnodesportivo Municipal do Paul”, acusou a bancada da CDU na última Assembleia Municipal da Covilhã. O líder da bancada, Vítor Reis Silva, explicou que a obra prevista, “tinha um orçamento de 180 mil euros e a autarquia apenas investiu 90 mil”.
Para Reis Silva esta situação “demonstra a incapacidade, incompetência e inoperacionalidade da autarquia”, que “ilegalmente ou imoralmente” não investiu ali os 50% que lhe cabiam, pelo protocolo assinado, mas apenas a parte que “o Ministério financiou”. Face a essa situação, ao invés de um pavilhão “para a escola e a comunidade utilizarem, temos uma desgraça”, frisou. O deputado afirma que, segundo o caderno de encargos da obra, falta requalificar iluminação, canalizações, caixilharias, piso, sistema de aquecimento e de água quente e limpeza final da obra. O deputado realça que este é o único Pavilhão Municipal do concelho e é “urgente e imperioso que as obras sejam concluídas”, para que “a escola e as coletividades o possam utilizar”.
A Câmara Municipal da Covilhã tem outra visão sobre o assunto. Vítor Pereira explica que não existia um caderno de encargos “que obrigasse a autarquia a realizar um conjunto fixo de trabalhos, nem um apoio de 50% à obra”. O autarca adianta que o trabalho principal a realizar “era a substituição da cobertura, que era em fibrocimento, e esse está finalizado”, adiantando que “ainda assim foram feitos outros trabalhos complementares”.O edil esclarece que o Ministério de Educação ficou de “financiar os trabalhos 100%, e não 50 como referiu a CDU”, espera que no “âmbito da descentralização da educação seja possível concluir a obra”
A questão mais preocupante para o presidente da Câmara é a falta de água quente nos balneários, “um problema intermitente” que a autarquia “vai trabalhar para resolver”, afirmou.