Alunos da Universidade da Beira Interior (UBI), vão promover este mês dois eventos, que visam apoiar a candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura e que evidenciam a escala inter-regional da proposta.
Os eventos decorrem nos dias 24 e 30 de maio e são organizados por alunos de turmas finalistas das licenciaturas de Ciências da Cultura e de Ciências da Comunicação da UBI, com os apoios da Câmara da Guarda, promotora da candidatura, da Câmara da Covilhã e da UBI, parceiras do projeto, foi anunciado em conferência de imprensa realizada na UBI.
Com a denominação “17 municípios do Alto da Cultura”, a primeira iniciativa é dos alunos de Ciências da Cultura e decorre no espaço da Parada da UBI, no dia 24. Com início marcado para as 10:00, este evento integrará a realização de uma pintura coletiva, a cargo de artistas da Covilhã e terá patente uma instalação de feltragem artística, da autoria de Ana Gonçalo. Já no período da tarde, às 18:40, será apresentada uma performance de dança pela Academia de Música e Dança do Fundão, que é seguida de uma dramatização do Poema “O Mito de Conceição”. A fechar, às 19:20, está marcada a atuação do “Coletivo Foice”.
O outro evento está a cargo dos alunos de Ciências da Comunicação que escolheram o nome Dispers’ARTE, para apresentarem um programa que decorre no dia 30, a partir das 21:00, no mesmo local.
O tema dominante deste evento será o cinema e o programa conta com a exibição de curtas-metragens, que remetem para o tema da candidatura (“Diáspora”), nomeadamente “Os Salteadores”, de Abi Feijó, “Água Mole”, de Laura Gonçalves e Xá, “21 da Rua da Esperança”, de Luís Batista, e “Da Meia Noite pró Dia”, de Vanessa Duarte. Após a exibição, há um encontro com os realizadores Laura Gonçalves e Luís Batista e, às 22:45, atua o projeto musical “Homem em Catarse”. Ao longo deste evento também será feita uma pintura ao vivo por Helénio Mendes.
Eventos que os alunos esperam que contribuam de “forma decisiva”, para a aprovação da candidatura e que já representam o compromisso e estado de “consciência regional”, da própria candidatura.
“Estes eventos representam essa vontade de que esta candidatura seja um projeto agregador, multidimensional, multidisciplinar e que contagie as novas gerações para a sua adesão. Isto não é um projeto de uma equipa de criadores, não é de uma direção artística isolada, é um projeto que une uma região”, frisou o vereador da Cultura na Câmara da Guarda, Victor Amaral.
Para o autarca, independentemente do resultado final, a candidatura já ganhou por permitir uma colaboração intermunicipal e por ser uma “oportunidade” que as cidades do interior têm de se juntar num projeto e de afirmá-lo em termos nacionais e internacionais.
Uma ideia partilhada na Covilhã, onde o desafio de apoiar a candidatura foi aceite desde a primeira hora, disse a vereadora da Cultura da autarquia. Regina Gouveia salientou as mais-valias que a Covilhã acrescenta à candidatura, destacando o exemplo da UBI no que concerne à transmissão de conhecimento e cultura ou a questão do “riquíssimo” painel e trabalho de artistas e instituições desta cidade.
“Esta candidatura não resulta de um apetite momentâneo ou de uma avaliação de superfície, resulta de uma avaliação do interesse desta candidatura para a região que acolhe a UBI, que como universidade se projeta num horizonte mais vasto”, acrescentou o representante da UBI, na Comissão Executiva da Candidatura, Urbano Sidoncha.
Sublinhando que a universidade está na Covilhã, mas que é de toda a Beira Interior, o presidente da Faculdade de Artes e Letras, José Rosa, sublinhou que a proposta em causa também se enquadra na missão da universidade de promover a cultura e que se afirma como uma oportunidade para que os alunos coloquem em prática o saber adquirido. Frisou ainda o facto de estas ações estarem em sintonia, num desafio que tem sido assumido pela faculdade, de dar mais vida e revitalizar os espaços, nomeadamente a Parada em que estes eventos vão ter lugar.