Correção da ciclovia “não tem custos para a autarquia”

Depois de ter anunciado na reunião pública de dezembro, tal como a Rádio Clube da Covilhã noticiou, que a obra da ciclovia na Covilhã parou para correção de erros iniciais, Jorge Gomes, vereador com o pelouro das obras na Câmara Municipal da Covilhã foi mais específico nos esclarecimentos esta sexta-feira e afirmou que “os erros técnicos” serão corrigidos” sem custos para o município”.

No habitual encontro com os jornalistas, no final da reunião privada, o vereador esclareceu que, “um dia após tomar posse do pelouro, a 2 de outubro”, mandou parar a obra para “averiguar” os erros cometidos e encontrar soluções “numa reunião conjunta com todos os intervenientes”. Segundo explicou, “o empreiteiro e subempreiteiros”, cometeram “erros em cima de erros”, desde a fresagem incorreta a pinturas em locais não preparados para o efeito.

O vereador com o pelouro das obras não tem dúvidas que o empreiteiro usou “técnicas incorretas”, por “uma péssima leitura do projeto”, uma vez que todas estas situações estavam previstas no concurso, explicou.

Jorge Gomes afirma que a autarquia quer o “pavimento corrigido” nas vias onde houve fresagem nas marcações, afirmando que a consequência para o município “é o atraso na obra”, uma vez que os erros foram do empreiteiro e não terão custos para câmara. “O único trabalho que consideramos feito é a Rotunda do Operário”, disse, acrescentando que “tudo o resto não teve custos e será refeito logo que o tempo o permita”.

Face a estas intervenções e por detetarem que a opção tomada inicialmente, não seria a melhor a autarquia introduziu “uma alteração ao projeto”, no troço entre a rotunda do Pura Lã e Intermarché. “Estava previsto ter uma só via, e passará a ter uma via para trânsito automóvel e uma via partilhada para bicicletas e bus, que poderá ser utilizada em caso de emergência a caminho do hospital”, explicou o vereador.

Jorge Gomes esclareceu ainda que os atrasos, que estas correções possam trazer, não vão influenciar o financiamento da obra, frisando que os trabalhos só irão avançar quando as condições climatéricas derem garantias de um resultado final satisfatório.

Os vereadores da oposição criticam esta situação. Carlos Pinto considera “uma vergonha municipal”, chegar ao ponto de “levantar o que foi feito”, o que “é próprio de uma câmara rica, que se expõe ao ridículo da população”. O vereador afirma também que este não é um projeto que sirva uma cidade de montanha como a Covilhã.

Por parte do CDS-PP, José Luiz Adriano considera que “regressar ao ponto zero” nesta obra “é igual a perda de tudo o que foi investido”, vincando que a obra “devia ter um parecer técnico à medida da cidade e não de outras” e vincando que neste caso “houve precipitação”.