A abertura de concurso para a eficiência energética na iluminação pública, em todo o concelho, foi aprovada por maioria da reunião privada da Câmara da Covilhã na sexta-feira. O contrato, para 10 anos, representa um pagamento de cerca de 11 milhões de euros e um ganho de cerca de 500 mil euros anuais para a autarquia, explicou Vítor Pereira.
“Atualmente para a iluminação pública, a Câmara paga um milhão e 750 mil euros por ano”, e com o novo contrato irão pagar anualmente ao operador 350 mil euros e ao investidor 850 mil”, vincou o edil.
Diminuir a pegada ecológica do município e garantir mais 25% de luminosidade do que existe nesta altura, é outra das virtudes da proposta, adiantou ainda o presidente da Câmara.
“Um contrato nebuloso” disse o vereador Carlos Pinto. Segundo o eleito o do movimento De Novo Covilhã “está em curso um contrato ruinoso” e agora “ querem insistir com um contrato de 11 milhões sem se saber o que vai trazer” criticou. Carlos Pinto acusa ainda o município de “ter medo do concurso público geral” e por isso escolheu “5 empresas para apresentar propostas, algumas em que esta não é a sua principal atividade”, acusou.
Carlos Pinto “não pode falar de questões nebulosas porque é um dos piores exemplos do país nessa matéria”, respondeu Vítor Pereira.
Já quanto à escolha das empresas a convidar, o presidente explica que “como na autarquia não há especialistas neste dossier” foi “contratada uma empresa consultora” e seguidos os seus conselhos.
“Deviam ter-se convidado mais empresas”, criticou também Adolfo Mesquita Nunes. O vereador do CDS explica que “face aos valores envolvidos deviam ter sido convidadas mais empresas”, vincando que a autarquia “optou pelo mínimo de 5”. O vereador do CDS critica também a opção do município de seguir os conselhos do consultor “sem fazer avaliação prévia das empresas convidadas”.
Mesquita Nunes afirma ainda que é preciso verificar se no caderno de encargos “está previsto um indicie superior de luminosidade ao que existe atualmente que é manifestamente insuficiente”, apontou uma vez mais.
O presidente de Câmara explica que foram convidadas 5 empresas, a conselho da empresa consultora, após o Tribunal de Contas ter referido que “as 5 empresas convidadas para a primeira fase teriam que ser excluídas”
A abertura de concurso foi aprovada pela maioria socialista, com o chumbo da oposição na Câmara e será agora enviado à Assembleia Municipal para aprovação.