Já por diversas vezes o Boletim Epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde, DGS, alterou dados, alguns com justificação, outros pura e simplesmente deixaram de constar, como foi o caso do concelho da Guarda, que, por dois dias consecutivos surgiu com 3 casos, para depois desaparecer do boletim. Ontem surgiram registados os concelhos de Almeida, com 6 casos, Trancoso com 5 e, com 4, Guarda e Seia, ressalvando no final que estes eram dados reportados pela Administração Regional de Saúde, ARS.
Questionada pelo Jornal Público sobre estas e outras disparidades nos dados do Boletim, a Diretora-geral explicou que estava a “utilizar-se uma metodologia mista” para a elaboração dos mapas. Eram utilizados os dados reportados pelas administrações regionais de saúde por concelho e, “quando ainda não estavam registados”, eram utilizados os dados do Sinave.
No boletim divulgado hoje, apenas constam os casos reportados pelo Sinave, e, se consultarmos a lista por concelho, verificamos que todos os reportados pela ARS Centro que estavam no boletim de ontem desapareceram, mantendo-se apenas a Guarda, com apenas 3 casos.
Na região, é cada vez mais difícil confirmar cada caso reportado, uma vez que somos remetidos para a DGS, para Lisboa, para saber o que se passa na região. A grande fonte de informação são os autarcas de cada concelho que confirmam os casos, à medida que são conhecidos, sem que nenhuma entidade oficial que superintende a saúde pública preste declarações sobre os infetados na Beira Interior, ao contrário do que acontece noutras zonas do país em os delegados de saúde prestam essa informação.
Segundo os dados que conseguimos apurar, e confirmados pelos autarcas e reportados pela ARS Centro, há 28 casos na Beira Interior e dois óbitos, tal como consta no mapa ( https://radio-covilha.pt/covid-19-situacao-atual-dos-concelhos-da-beira-interior/ ).
