200 empresas nacionais disponíveis para fabricar máscaras de algodão ou poliéster

O presidente do Infarmed disse hoje que as máscaras sociais, que começaram a ser produzidas pela indústria têxtil nacional conforme especificações definidas, podem ser de algodão ou poliéster e que muitas serão reutilizáveis.

Rui Ivo falava na conferência de imprensa diária sobre a pandemia de covid-19, realizada no Ministério da Saúde, a propósito de uma norma para a indústria passar a fabricar máscaras não cirúrgicas para uso generalizado da população em espaços fechados, como supermercados, farmácias ou transportes públicos.

“A partir destas especificações estamos em condições de dizer que as máscaras produzidas e que vão ser vendidas terão as condições de proteção asseguradas. Estamos a falar de um terceiro tipo de equipamento de proteção que, com apoio da indústria nacional, podemos utilizar convenientemente e que serão vendidas com essas mesmas indicações escritas”, afirmou Rui Ivo.

Entre os materiais autorizados pela norma, está o algodão, o poliéster ou a combinação dos dois, podendo muitas das máscaras ser reutilizadas após lavagem.

Recordar que o Centro Tecnológico das Indústrias do Têxtil e do Vestuário (Citeve) desafiou as empresas do sector a produzirem equipamentos de protecção individual para dar resposta à escassez perante a pandemia de covid-19 e mais de 200 empresas do sector mostraram-se já disponíveis para ajudar na produção.

Segundo António Braz Costa, diretor-geral do Citeve, foi a escassez e a dependência de países como a China que levou o Citeve a investigar que materiais produzidos em Portugal poderiam ser utilizados e a desafiar as empresas de confeção.

O centro tecnológico já desenvolveu manuais técnicos para que os equipamentos sejam produzidos de acordo com as normas e regulamentação em vigor. O Citeve reorientou ainda os seus laboratórios e criou uma equipa específica dedicada às “soluções covid-19”.