Para manter o vírus “fora de portas” Lar de São José constrói sala de visitas

A principal preocupação é que “o vírus não entre no lar” e por isso a direção está a preparar uma sala em que “visitas e utentes não terão contacto físico”, explicou o presidente à Rádio Clube da Covilhã. Brito Rocha não tem dúvidas que o Lar de S. José “é uma bomba relógio”, explicando que “a maior parte das pessoas são muito pobres, débeis e acamadas”, é por isso fundamental que “o vírus não entre nas nossas instalações”, frisa.

Segundo o dirigente o Lar irá cumprir a determinação da Direção-Geral da Saúde e permitir visitas, mas “com regras apertadas”. Para o efeito “está a ser preparada uma sala própria, em acrílico”, em que “haverá contato visual entre familiares e utentes”, mas “os familiares não irão entrar nas instalações”.

Mesmo para ter acesso a esta sala as regras são rígidas. Só será permitida a visita de um familiar por utente “válido”, feita com marcação prévia e com a duração máxima de 15 minutos. O responsável explica que as marcações serão feitas em intervalos de meia hora, mas entre vistas serão necessários 15 minutos para desinfeção do espaço. A sala de visitas irá funcionar de segunda a sexta-feira entre as 14:30 e as 18:00.

Foi a solução encontrada para continuar a manter “os utentes seguros”, vinca o responsável, “apesar dos custos altíssimos” que acarreta, não só com a construção, mas “com a própria limpeza e desinfeção”, disse.

Brito Rocha não poupa nas críticas a Graça Freitas, Diretora-Geral da Saúde, afirmando que “não deve conhecer a realidade para determinar esta abertura”. À nossa reportagem adianta que o Lar de S. José tem suportado custos na ordem “dos 4 a 5 mil euros mês” com a prevenção da pandemia, entre equipamentos e produtos.

Com a abertura a visitas “esses custos sobem”, porque entre cada visita é preciso “limpar e desinfetar”. Para o dirigente era importante que a DGS conhecesse esta situação “e houvesse financiamento para os lares, porque até agora não recebemos um cêntimo”, lamenta.

Brito Rocha vinca que a construção da própria sala acarreta “muitos custos” apesar de estar a ser feita por “funcionários da casa”.

O Lar de S. José começa a receber visitas dia 18, apenas será permitido um familiar por utente “válido” (que se possa deslocar à sala), com marcação prévia e com uso obrigatório de máscara.