Covilhã: Dívida total do município diminuiu 7 milhões de euros

As contas do grupo município da Covilhã foram aprovadas por maioria esta segunda-feira, em reunião extraordinária do executivo. O CDS votou contra por considerar que faltando as contas das participadas “não há transparência suficiente para a aprovação”. A maioria PS aprovou os documentos que “refletem o sentido positivo das contas nos últimos anos”, disse o presidente.

Vítor Pereira destaca “a trajetória de recuperação do passivo do município e das empresas municipais” que é confirmada por este relatório de contas.

O autarca destaca a diminuição de cerca de 7 milhões de euros na divida total, especificando que a divida de médio e longo prazo passou de 49 milhões em 2018 para 37 milhões no final de 2019. Já a dívida de curto prazo passou de 6,6 milhões para 11,5, um aumento que se justifica com alterações no sistema contabilístico na consideração dos prazos da divida de um ano para outro.

O CDS não viu virtudes nos documentos e votou contra principalmente por considerar que “não há transparência”, disse Nuno Reis.

O vereador considera que “não havendo contas nem relatório de atividades das empresas municipais, que não publicam on-line os documentos, não é possível saber qual sua estratégia”. “Se temos empresas municipais que só servem para instalar gente do PS ou administradores que custam a cada munícipe 10 euros por dia, se é para passar cheques em branco, estas reuniões servem para quê?”, questionou o vereador que esta manhã substituiu Adolfo Mesquita Nunes.

Para o centrista a falta das contas e dos relatórios de atividades das empresas municipais é motivo para questionar a transparência das contas consolidadas.

Uma “suspeição que os covilhanenses também sentem”, em especial na contratação de pessoal, rubrica “que teve aumento de despesa”, por um lado justificada com “aumento de pessoal principalmente na educação devido à transferências de competências”, reconheceu, vincando no entanto que “as juntas de freguesia, as empresas municipais, e a CMC têm estado a contratar amigos de amigos, sobretudo que tenham cartão do partido socialista”. Uma suspeição que acabará “quando houver conhecimento público dos documentos” frisou.

São argumentos que espelham “má vontade na leitura dos dados”, sustentou Vítor Pereira, vincando que as contas são “auditadas por Revisores Oficiais de Contas, são fiscalizadas pelo Tribunal de Contas, pela Direção Geral das Autarquias Locais e até por inspeções que vêm ao município”. O autarca conclui que falar de “falta de transparência de contas nos dias de hoje só pode ser ignorância ou má-fé”, concluiu.

Os documentos, aprovados com 1 voto contra e 5 a favor, (Carlos Pinto do movimento de Novo Covilhã esteve ausente), seguem agora para a Assembleia Municipal da Covilhã que reúne a 30 de junho.