Os 4 agrupamentos de escolas e as duas escolas não agrupadas do concelho da Covilhã têm tudo preparado para receber os alunos, dentro do prazo estipulado para a abertura do ano letivo, entre 14 e 17 de setembro, garantiram os diretores à nossa reportagem.
No Agrupamento de Escolas do Teixoso “todos os recursos humanos estão disponíveis e o plano de contingência para a Covid-19, com as normas emanadas pelo Ministério da Educação está pronto”, disse Liliana Ramos.
A diretora vinca que “uma vez que a escola tem turmas com uma média de 20 alunos foi fácil de conseguir o distanciamento social”. A cantina irá “funcionar por turnos”, explicou. De resto “o desfasamento de horários” é uma das normas para este ano letivo no agrupamento para evitar aglomeração de alunos nos recreios.
Medidas que para já não têm feedback dos encarregados de educação, embora a responsável de mostre confiante. “Vou estar nas reuniões com os pais para explicar que tudo faremos para estarmos todos bem”, sustenta.
Já no agrupamento de Escola a Lã e a Neve, cuja sede é a Escola EB S. Domingos, o número de alunos por turma foi também fundamental para conseguir as condições de distanciamento social, explicou o diretor Ricardo Silva. “A nossa média de alunos, que é a adequada para uma escola, ronda os 17”, sustentou o responsável avançando que, ainda assim, “há muitas alterações de procedimentos que têm que ser implementadas”.
Nos primeiros dias “iremos treinar com as crianças e jovens todas as regras a seguir”, explicou ainda o diretor. Ricardo Silva afirma ainda que os jardins-de-infância do agrupamento já começaram a funcionar e até agora está tudo a correr muito bem.
Horários desencontrados no primeiro ciclo para reduzir o número de alunos nos refeitórios e nos intervalos, são ferramentas utilizadas pelo agrupamento, mas tentando “que a mancha de horário de em que as crianças estão na escola, seja igual a anos anteriores uma vez que temos consciência que os pais estão a trabalhar”, explicou.
Já no Agrupamento de Escolas Frei Heitor Pinto receber aulas presenciais não é novidade, uma vez que já o tinham feito na escola sede para o 11º e 12º anos, tendo já nessa altura posto à prova o plano de contingência, disse Rogério Monteiro à RCC.
O diretor diz que todas as escolas do agrupamento “estão preparadas, como sempre estiveram”. Sustenta que “as escolas são dos locais mais seguros do país, porque estão rotinadas com limpezas, higienização e roteiros de alunos, por exemplo”. Adianta ainda que “o plano do agrupamento é mais exigente do que o exigido pelo Ministério”.
Rogério Monteiro alerta para os comportamentos de toda a comunidade escolar, também fora da escola, que podem influenciar o que se passa dentro. “O distanciamento e lotação nos transportes escolares, assim como a limpeza e higienização têm que ser observadas com muito cuidado”, defende.
A Escola Secundária Campos Melo está a finalizar a formulação do seu plano de contingência “consoante as orientações que têm chegado”, mas espera ainda as orientações da tutela, que devem chegar às escolas na próxima segunda-feira, disse à RCC Isabel Fael, diretora da escola.
Para já, a diretora adianta que “já pediu a colaboração da Proteção Civil para avaliar a lotação máxima dos espaços comuns e da autoridade de saúde para apoiar na definição das regras de circulação”. Para além disso, Isabel Fael refere que a escola já adquiriu novos equipamentos como secretárias individuais e equipamentos de higienização, “um processo que está em fase de finalização”.
Como dizem as orientações, a Escola Campos Melo vai iniciar as aulas presenciais, mas “preparada” para passar ao regime misto, em que metade dos alunos estão na escola e outra metade em casa. Isabel Fael afirma que já estão a ser adquiridas câmaras para colocar nas salas de aula caso este cenário avance.
Isabel Fael salienta ainda que “sempre que possível os alunos terão aulas só num período, ou de manhã ou à tarde”, mas o objetivo passa por “libertar as tardes, para que na cantina possa fazer regime de take-away”.
Na Escola Secundária Quinta das Palmeiras, João Paulo Mineiro, avança que “estão a ser definidos trajetos” de forma a controlar “aquilo que for possível”. “Os horários estão a ser pensados para que não exista concentração de alunos, nomeadamente cruzamentos nas entradas e saídas nos intervalos e nos refeitórios”, referiu o diretor à nossa reportagem. “Há coisas que não conseguimos controlar, mas estamos a fazer o nosso esforço para que as pessoas se sintam seguras”, frisa.
A Escola Quinta das Palmeiras, está, também, preparada para “os vários cenários”, mas “esperamos que corra tudo bem”, referiu ainda João Paulo Mineiro. “Num cenário desta natureza, temos que estar prontos para qualquer coisa que possa acontecer”, afirma o diretor.
No Agrupamento de Escolas Pêro da Covilhã, Jorge Crucho Antunes explica que está “a procurar seguir” as orientações da Direção-Geral de Saúde e da Direção-Geral da Educação, disse à nossa redação.
“Temos as escolas preparadas para termos os horários dos intervalos desfasados, a nível de primeiro ciclo e de pré-escolar”, refere Jorge Antunes, que explica que “ no segundo ciclo não é possível pois entra em conflito com os horários dos professores”, no entanto, foi conseguido que todas as turmas do 5º e do 6º ano tenham iguais horários para que se evite o cruzamento entre anos diferentes.
Em relação às horas de almoço, estas serão diferenciadas por grupos de turmas de meia em meia hora, quer nas escolas quer nos jardins-de-infância, disse Jorge Antunes. No que toca às aulas, o diretor explica que foi alocada uma sala para cada turma, que só sai dessa quando for necessário haver aulas práticas, nomeadamente na Educação Física, Musical ou Tecnológica.
O diretor do agrupamento de escolas Pêro da Covilhã frisa ainda que no que refere ao uso de máscara estas serão obrigatórias para os alunos do 5º e 6º ano, máscaras que terão de ser cirúrgicas ou sociais. As máscaras artesanais não são permitidas.
Recorde-se que a data de início do ano letivo está agendada para o dia 17 de setembro.
