Joni Brandão (Efapel) ganhou ontem a quarta etapa da Volta a Portugal Edição Especial Jogos Santa Casa, uma ligação de 148 quilómetros entre a Guarda e a Torre, na qual Amaro Antunes, amparado pela W52-FC Porto, segurou a Camisola Amarela.
A subida de 20,2 quilómetros, entre a Covilhã e a Torre, foi palco de múltiplos ataques da Efapel, que lançou, à vez, António Carvalho e Joni Brandão. João Rodrigues respondeu a todas as escaramuças, comandando o grupo dos favoritos até ao último quilómetro, não dando margem à concorrência para acreditar que seria possível fazer a diferença.
Quem ainda chegou a sonhar foi Cristián Rodríguez (Caja Rural-Seguros RGA), integrante da fuga do dia, atacou no sopé da serra e pedalou em solitário até perto do quilómetro final, onde o vento forte, o frio, o nevoeiro e o ritmo do grupo dos favoritos derrotaram o homem da equipa espanhola.
Nos derradeiros mil metros, com condições meteorológicas muito adversas, assistiu-se a alguns ataques de Luís Fernandes e João Benta (Rádio Popular-Boavista) e até de Frederico Figueiredo (Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel). Mas foi a ofensiva de Joni Brandão com a meta à vista – força de expressão, porque o nevoeiro não deixava enxergar – que decidiu a etapa.
O chefe-de-fila da Efapel cortou a meta ao fim de 4h19m02s de prova (média de 34,281 km/h), 3 segundos menos do que Frederico Figueiredo, Amaro Antunes e Gustavo César Veloso.
“Viemos para a etapa com a estratégia de vencer a etapa e de ganhar tempo. Tudo fizemos para que fosse possível, endurecendo a corrida e atacando. Mas encontrámos um W52-FC Porto muito forte. Ganhámos a etapa e só temos de estar felizes. Continuamos de pé e temos o mesmo objetivo, vencer a Volta a Portugal. Toda a equipa está de parabéns pelo excelente trabalho”, resumiu Joni Brandão.
A quinta etapa liga, nesta sexta-feira, Oliveira do Hospital a Águeda, numa viagem de 176,3 quilómetros. O terreno é maioritariamente plano, mas vai surgir um elemento capaz de criar diferenças, o vento forte.