O desemprego aumentou em Portugal 25% desde o início da pandemia, mas em setembro este crescimento abrandou. A análise aos números é feita por Pires Manso, responsável do Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social da UBI.
Na Beira Interior os concelhos mais problemáticos em número absoluto de desempregados são os de maior dimensão. Covilhã, Castelo Branco e Guarda, frisa o professor catedrático da UBI.
Segundo descreve no relatório sobre desemprego, o crescimento mensal registado nos centros de emprego abrandou em setembro, com +0,2% de inscrições ativas (ou +843 desempregados em termos líquidos), resultantes do fluxo de novos registos e anulação de inscrições. De acordo com estes dados, setembro terminou com 410.174 desempregados registados em todo o país, num crescimento de 0,2% face a agosto. Contudo, o aumento foi de 36,1% relativamente a set-2019, o que traduz um abrandamento face aos meses anteriores.
Na região Centro especifica que há há 51.944 desempregados, 43% homens, 57% mulheres, 65% desempregados há menos de um ano (curta duração), 35% há mais de um ano (longa duração), 10% à procura do primeiro emprego, 90% à procura de novo emprego.
Sobre os motivos alegados para se inscreverem nas estatísticas do desemprego 13% alegam ser ex inativos, 11% que foram despedidos, 6% que se despediram por iniciativa deles, 3% foi despedimento por mútuo acordo, 47% por fim de trabalho não permanente, 1% eram trabalhadores por conta própria e os restantes 19% alegaram outros motivos.
Por concelhos da Beira Interior, a Covilhã tinha 2014 desempregados em agosto, C. Branco 1636 e a Guarda 1214. Segue-se o Fundão com 834, Seia com 668, Gouveia com 450, Idanha-a-Nova com 316, Sabugal com 246, Belmonte 234, Celorico da Beira 229, Figueira de Castelo Rodrigo 193, Pinhel 177, Trancoso 166, Proença-A-Nova 156, Almeida 154, Penamacor 146, Aguiar da Beira 131, Fornos de Algodres 120, Meda 85, Oleiros 70, Manteigas 66 e Vila Velha de Rodão 65.