O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda questiona o Governo sobre os novos empreendimentos turísticos anunciados pela Turistrela na Serra da Estrela.
Nas perguntas dirigidas ao Ministro do Ambiente e Ação Climática, o Bloco quer saber: se “o Governo tem conhecimento dos projetos anunciados pela empresa Turistrela para o Parque Natural da Serra da Estrela? Em caso afirmativo, qual é a avaliação que o Governo faz aos referidos projetos?”; se “considera o Governo que os projetos anunciados pela Turistrela se coadunam com os objetivos do Plano de Ordenamento do Parque Natural da Serra da Estrela, designadamente a proteção dos valores naturais e paisagísticos do Parque? ; e por último se o Governo prevê “a extinção da concessão da exploração turística e desportiva da área do Parque Natural da Serra da Estrela à Turistrela, dado o historial de atropelos à legislação e aos valores do Parque, bem como o incumprimento das bases do contrato de concessão entre o Estado e a empresa?”.
No preambulo o Bloco de Esquerda, reitera que a “Turistrela não parece estar disposta a enquadrar a sua atividade com a área sensível que lhe está concessionada, como demonstram as anunciadas intenções de avançar com projetos megalómanos na Serra da Estrela. A atividade da empresa tem sido incompatível com os objetivos preconizados no Plano de Ordenamento do Parque Natural da Serra da Estrela que, entre outros, visam «assegurar a proteção e a promoção dos valores naturais, paisagísticos e culturais».”
A força política vai mais longe e vinca que a “concessão da área do Parque Natural da Serra da Estrela à empresa deve ser reequacionada”.
Segundo o que o Jornal Expresso noticiou a 24 de outubro, a Turistrela prevê a ampliação das pistas de esqui (dos atuais 14 para os 50 quilómetros) a recuperação dos edifícios do teleférico nos Piornos e da antiga Messe dos Oficiais da Força Aérea, a construção de um aldeamento nas Penhas da Saúde, e a construção de 280 chalés num terreno de 21 hectares na freguesia do Sabugueiro, em Seia.
