A Plataforma P’la Reposição das Scuts na A23 e A25 espera “união” no Parlamento em torno da causa da redução das portagens que leve à aprovação de uma proposta que contenha “efetiva” redução do valor a pagar pelos utilizadores.
Uma convicção contruída com base no que lhes foi transmitido pelos grupos parlamentares com quem reuniram nos últimos dias, disseram os membros da comissão executiva da Plataforma, ontem ao início da noite em conferência de imprensa.
Considerando que este “é o tempo do parlamento”, uma “fase crucial”, para em sede de discussão do Orçamento do Estado “introduzir propostas de alteração”, os elementos da plataforma quiseram mostrar aos partidos que “os descontos propostos pelo Governo não servem e é preciso encontrar uma alternativa” disse Luís Garra, da União dos Sindicatos de Castelo Branco.
De resto Garra explica que o organismo tem noção que a proposta de “abolição” não será aprovada e por isso apresentaram uma que vai no sentido da isenção para residentes e desconto de 50% para restantes utilizadores da via. Considerando que “esta será uma base” desafiam os grupos parlamentares a apresentarem as suas próprias propostas.
O sindicalista vinca que “não têm preferência por nenhuma” e apela ao entendimento no parlamento, “incluindo o PS que tem que ser parte da solução”, para que se aprove uma proposta com “ganhos concretos” para os utilizadores da A23 e A25.
Coloca ainda pressão “nos deputados eleitos pelo interior” frisando que “não podem deixar de contribuir com o seu voto para essa redução efetiva de portagens”.
No encontro com os jornalistas a Plataforma garante que “mesmo os deputados do Partido Socialista com quem reuniram” se mostraram “desconfortáveis” com a proposta de redução do governo, e exortam essa bancada a “ter autonomia em relação ao governo e aprovar uma medida melhor”, que os 25% anunciados.
Como medida de protesto a Plataforma mantém a marcha lenta agendada para dia 20, que ganha uma “importância acrescida” para reafirmar a “vontade e o querer das populações”, antes da votação final global do Orçamento do Estado, agendada para 26 de novembro, referiu.
A marcha lenta terá partida da Guarda às 16:00, da Covilhã às 16:45 e de Castelo Branco às 16:45 para confluir na entrada norte da A23 no Fundão, haverá ainda uma coluna que circulará dentro do Fundão para o ponto de encontro. Os percursos serão feitos pela estrada nacional porque “não há dinheiro para portagens”, disse Garra.
O encontro com os jornalistas de ontem ao início da Noite aconteceu após a primeira reunião do Conselho Geral da Plataforma, um novo órgão consultivo e que integra novas entidades que se juntam à causa da reposição das Scuts, vias sem custos para os utilizadores. Entre as novas entidades estão a UGT da Guarda, de Castelo Branco e de Portalegre, a Associação Beira Serra, o Sindicato Têxtil da Beira Baixa, a Junta de Freguesia da Boidobra, o Sindicato Trabalhadores da Administração Local e a Associação Empresarial da Covilhã, Belmonte e Penamacor.
Recordar que a Plataforma P’la Reposição das Scut na A23 e A25 integra sete entidades nomeadamente a Associação Empresarial da Beira Baixa e a da Região da Guarda, a União de Sindicatos de Castelo Branco e da Guarda, a Comissão de Utentes Contra as Portagens na A23 e a da A25 e o Movimento de Empresários pela Subsistência do Interior.