Em comunicado publicado na sua página oficial, os corpos sociais do Centro Paroquial de Assistência e Formação Social de Erada, anunciam que após 49 anos, financeiramente, não têm condições para continuar de portas abertas.
“Findados 49 anos, não seria esta a notícia que vos quereríamos anunciar… No entanto e infelizmente não há outra coisa, nem outra noticia que vos possamos transmitir, pois o Centro Paroquial de Assistência e Formação Social de Erada cessa hoje as suas funções, por outras palavras, chega hoje ao fim um ciclo de 49 anos onde a primazia foi sempre dada aos cuidados prestados aos outros, onde durante muitos anos as crianças foram o foco desta instituição e agora por fim tivemos o privilegio de abarcar a população mais idosa que quis os nossos serviços”, afirma o documento.
O comunicado acrescenta ainda que “enquanto direção do Centro Paroquial, tentamos que tudo seja feito de forma legal de modo a que cada um tenha acesso aos seus direitos. Batemos a todas as portas possíveis e imaginárias, mas as respostas tardaram em vir e quando vieram foram por ordens superiores. É com desagrado que comunicamos que com o encaminhamento da diocese fomos levados a ter de abrir insolvência”, frisando que “os utentes são escassos e sem lucro não há viabilidade para manter em funcionamento esta instituição”.
Também em comunicado a Junta de Freguesia da Erada assume que irá chamar a si o apoio social na freguesia.
“O encerramento abrupto e compulsivo desta instituição e das suas respostas sociais, iria deixar utentes e funcionários numa situação de grande vulnerabilidade social, facto que não poderíamos nunca negligenciar” sustenta no documento, acrescentando que “a Junta de Freguesia depois de ponderar e avaliar toda a situação criada em torno do encerramento da Instituição, vai garantir que a resposta social de Apoio Domiciliário continue a funcionar, garantindo o suprimento das necessidades dos utentes, bem como na manutenção dos 3 postos de trabalhos associados”.
Concluiu que “face à impossibilidade de outras instituições poderem assegurar a prestação dos serviços aos utentes, não restava outra opção à Junta de Freguesia que não fosse a salvaguarda dos interesses de utentes e trabalhadores”, esclarecendo que “esta gestão da Junta manter-se-á apenas pelo tempo estritamente necessário à sua resolução, com o propósito único de garantir a manutenção de postos de trabalho e da assistência aos utentes”.