O Governo determinou no âmbito das medidas de resposta à pandemia da doença COVID-19, a criação de equipas especializadas em todos os corpos de bombeiros voluntários do território continental, com o objetivo de reforçar os meios para operações de apoio na área da saúde pública.
A medida implica o pagamento, às Associações Humanitárias de Bombeiros (AHB), um valor diário de 85 euros por cada veículo a suportar pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil. Esta remuneração entregue às 412 Associações Humanitárias de Bombeiros resulta num valor mensal superior a um milhão de euros.
Perante esta diretiva Joaquim Matias, Presidente da Direção dos Bombeiros Voluntários da Covilhã, reconhece a importância da criação de uma equipa especializada de auxílio. Contudo, admite ter algumas dúvidas quanto à viabilidade desta medida, uma vez que “neste dispositivo que se pretende criar não há nenhuma verba para pagamento aos operacionais”. Para além desse fator acrescenta que é preciso clarificar o tipo “de especialização que necessitam os voluntários dessa equipa”.
Em nota de imprensa enviada à RCC, o Ministério da Administração Interna afirma que as equipas especializadas irão intervir “no apoio, socorro e transporte de doentes, através da afetação permanente de uma ambulância de socorro e respetiva tripulação”.
O Ministério da Administração Interna pretende assim reforçar, “através da criação destas equipas especializadas, a resposta operacional dos corpos de bombeiros perante o agravamento da situação epidemiológica e fortalece a capacidade financeira das AHB”.