A greve de professores na Beira Interior não teve a adesão que deveria ter, disse Dulce Pinheiro, que apontou a pandemia como uma das razões, assim como a falta de reuniões preparatórias presenciais.
A dirigente do Secretariado Nacional da Fenprof, admitiu, em declarações à RCC, que a esta não foi “a mãe de todas as greves” e revelou que “alguns dos professores se sentiram pressionados para não aderir devido à situação de pandemia, o que fez com que esta não tivesse a adesão que deveria ter”, vincou.
Contudo, Dulce Pinheiro referiu que o protesto teve expressão em algumas das escolas da Beira Interior, como, no Agrupamento de Escolas do Teixoso, na Escola do 1º Ciclo do Canhoso, no Jardim de Infância de Cantar Galo, na Escola Secundária do Fundão, na Escola Básica e Secundária Pedro Álvares Cabral, entre outras.
A dirigente do Secretariado Nacional da Fenprof frisou que “com esta greve fica claro” que Tiago Brandão, ministro da educação, “é o primeiro responsável pelas dificuldades e que é essencial romper este bloqueio ao diálogo e negociação”.
Algumas das medidas reivindicadas têm que ver com a pandemia de covid-19, dado que os professores estão preocupados com a segurança sanitária nas escolas, nomeadamente por se continuar sem fazer testes e por existirem instituições onde não se consegue manter o distanciamento físico de dois metros recomendado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
No entanto, a grande maioria dos motivos da greve são já antigos. Predem-se com o facto de os professores considerarem os horários de trabalho desajustados, quererem que seja aprovado um regime de pré-reforma e vincam que falta resolver os mais de nove anos de serviço que estiveram congelados e ainda não conseguiram recuperar na totalidade para efeitos da progressão da carreira.