A Associação Zero pediu a suspensão da atividade da Central de Biomassa do Fundão, por considerar que não cumpre a legislação do ruído há mais de um ano.
“Mais de um ano após ter entrado em funcionamento, os problemas de incomodidade resultantes do ruído de funcionamento, poeiras, cinzas e odores indesejados não dão descanso aos moradores do Fundão que residem a escassas centenas de metros”, refere a Zero – Associação Sistema Terrestre Sustentável, em comunicado.
Segundo a associação, “a intervenção das entidades responsáveis, francamente lenta e morosa, não dá resposta” aos problemas dos moradores, o que os obrigou a alterar o seu modo de vida.
A central, que está em laboração 24 horas por dia, resultou do concurso para atribuição de 100 MVA [Mega Volt Ampere] de capacidade de injeção de potência nas redes elétricas, lançado em 2006 pela Direção-Geral de Geologia e Energia, e foi considerada uma solução para os problemas de gestão florestal em Portugal, através da melhor utilização dos resíduos florestais.
A Zero explica que a central não está abrangida pelo regime jurídico que obriga a Avaliação de Impacte Ambiental.
Na sua opinião, é incompreensível que tenha sido dada “autorização ao funcionamento de uma estrutura industrial desta natureza sem que tivessem sido acautelados os conflitos com a população e tivesse sido previamente assegurado o cumprimento de toda a legislação em vigor”.