Covid-19: “Temos doentes graves com 40 anos, não podemos relaxar medidas”

João Casteleiro, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira apela uma vez mais ao cumprimento rigoroso das medidas sanitárias em vigor para fazer face à pandemia.

Defende que mesmo com a situação pandémica a melhorar não se pode baixar a guarda. “A maior ajuda que nós, os profissionais de saúde, os hospitais e centros de saúde, podemos ter é que as pessoas cumpram as normas. É o mais importante para diminuir o número de infetados”, reforça.

João Casteleiro frisa que “as pessoas foram entendendo e cumprindo, o que lhes pedimos”, mas mostra-se receoso que comecem “a relaxar as medidas e depois se volte ao mesmo”. “É preciso manter esta disciplina e entender que só com a prevenção se evita resolver a situação no hospital”, vinca.

“Não é ser alarmista, é ser realista”, refere o diretor, sustentando que “não se pode pensar que acontece só aos outros e aos que têm mais de 80 anos. Nós temos aqui gente na casa dos 40 anos e com situações muito graves”, alerta.

Mostrando-se convicto de que as vacinas irão produzir o seu efeito, sublinha que é esta muito importante, mas alerta que “falta muito para que se atinja um grau de imunidade que se reflita na população e se não tivermos cuidado vai morrer muita gente”, frisa.

João Casteleiro falava à RCC ao início da tarde de hoje, numa altura em que o CHUCB tem uma taxa de ocupação de doentes covid e não covid superior a 91%, o que leva a uma gestão difícil entre altas e internamentos, “mas que é possível”.

Relembra que o hospital continua a funcionar com todas as outras áreas, e as mais urgentes “têm que ter resposta imediata”, afirma.

Ao início da tarde de hoje, e segundo a mais recente atualização do número de internados feita pelo CHUCB, estão internados em enfermaria Covid 105 doentes e na Unidade de Cuidados Intensivos 9.