2.095 pessoas com vacinação cancelada na Covilhã

O ACES Cova da Beira, à semelhança do que aconteceu no resto do país, suspendeu a vacinação prevista com a vacina da AstraZeneca e em consequência cancelou, só no concelho da Covilhã, a administração de 2.095 vacinas.

A confirmação foi deixada à RCC por Manuel Geraldes, diretor executivo do ACES Cova da Beira que garante que as segundas doses com a vacina da Pfizer continuarão a ser administradas.


Recordar que o processo de vacinação aos maiores de 80 anos nos concelhos da Covilhã, Belmonte e Fundão está concluído e que o ACES previa concluir o escalão com menos de 79 anos e com comorbilidades esta semana.

A nível nacional o processo de vacinação contra a covid-19 vai sofrer um atraso de duas semanas devido à suspensão temporária da administração da vacina da AstraZeneca, reconheceu ontem o coordenador da ‘task force’ do plano de vacinação.

O vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, aponta ainda assim a conclusão da primeira fase para o próximo mês: “O prazo era meados de abril, nunca dissemos exatamente em que semana de abril”, referiu.

Relativamente à população a que estavam destinadas as doses da vacina desenvolvida pela farmacêutica anglo-sueca e pela Universidade de Oxford, Henrique Gouveia e Melo referiu que os professores eram um dos grupos previstos para este fim-de-semana e que esse processo será adiado, mas assegurou que os utentes com mais de 50 anos com comorbilidades não deixarão de ser vacinados com as doses disponíveis das outras vacinas autorizadas.

“Eles serão atingidos não por esta vacina, mas serão vacinados com as vacinas que estão a ser utilizadas da Pfizer e da Moderna, adiando em cerca de duas semanas o seu processo de vacinação. Mas, em meados de abril todos esses utentes estarão vacinados”, garantiu, acrescentando: “Vamos concentrar as vacinas que estão disponíveis nos grupos mais prioritários, diminuindo nos grupos de resiliência. Vamos conseguir cumprir com as metas que tínhamos determinado”.

Numa conferência de imprensa conjunta com o Infarmed e a Direção-Geral da Saúde (DGS), o coordenador da ‘task force’ explicou também que as vacinas da AstraZeneca que o país possui “vão estar em armazém até haver uma decisão sobre o que fazer”, mas rejeitou que sejam desperdiçadas, lembrando que vão estar “armazenadas em condições de preservação”.