UBI é a primeira universidade a acolher refugiados no próprio campus

A Universidade da Beira Interior (UBI) vai acolher, nos próximos 18 meses, duas famílias refugiadas sírias, no seguimento de um protocolo de cooperação assinado com o Alto Comissariado para as Migrações (ACM). A UBI será, assim, a primeira universidade em Portugal (e na Europa) a fazer o acolhimento de famílias refugiadas no próprio campus.

De acordo com a nota de imprensa, “o grupo chegou à Covilhã no dia 11 de março, tendo viajado da Turquia para Portugal, ao abrigo do Programa Nacional de Reinstalação das Nações Unidas”.


As duas famílias, constituídas por crianças, jovens e adultos, com idades compreendidas entre os cinco e os 57 anos, num total de quinze pessoas, irão viver no campus da UBI e cumprirão um programa de integração na comunidade local.

“O projeto será implementado por uma Equipa Técnica constituída por membros dos diferentes serviços da Universidade – desde a Ação Social, passando pela Psicologia e Departamento de Línguas – e por uma investigadora portuguesa, especialista na área de estudos multiculturais e com experiência de trabalho com pessoas beneficiárias de proteção internacional, que será também a responsável direta pelo acolhimento e acompanhamento das famílias”, explica a instituição no documento.

A vice-reitora da UBI com a pasta da Responsabilidade Social, Anabela Dinis, citada na nota de imprensa, afirma que “numa lógica de solidariedade institucional e participação alargada de toda a comunidade, a preparação do acolhimento contou, já na UBI, com a colaboração dos Serviços de Ação Social, dos Serviços Técnicos, Serviços de Informática e do Departamento de Ciências e Tecnologias Têxteis, bem como de alguns alunos e alumni voluntários, prevendo-se, para breve, o recrutamento de mais voluntários para integrar o projeto”.

A UBI refere ainda que foram “já estabelecidos contactos e articulações com diversas entidades locais, nomeadamente a Câmara Municipal da Covilhã, escolas, entidades de saúde, a Delegação do SEF de Castelo Branco e outras entidades públicas e privadas, no sentido de criar uma rede de apoio à integração destas famílias”.