A Covilhã reclama o reforço da oferta Intercidades com a criação de uma ligação ao norte/litoral do país, bem como o reforço de comboios interurbanos no eixo Guarda-Covilhã-Castelo Branco. O Governo e CP concordam e estão a estudar a “operacionalidade” desta pretensão.
Vítor Pereira, presidente da autarquia, explicou na última sexta-feira que apresentou este pacote de exigências ao ministro das infraestruturas e ao presidente da CP.
O autarca avançou na reunião de câmara que pretende “uma nova família de intercidades que ligue a Covilhã ao Norte, designadamente a Aveiro, Porto e Braga”. O reforço das ligações Interurbanas no eixo Guarda, Belmonte, Covilhã, Fundão e Castelo Branco, bem como a ligação a Espanha com a reposição do Sud-express e Lusitânia.
A Covilhã “exige” ainda obras de melhoramento na linha da Beira Baixa para que em 2030 haja uma redução de 35 minutos na ligação Intercidades a Lisboa, explicou ainda o autarca.
O governo, segundo explicou o presidente da Câmara, concorda com as pretensões e “saudou a estratégia sobre a mobilidade da ferrovia, considerando as propostas razoáveis e realistas”, citou Vítor Pereira.
De resto as ligações ao Norte “estão previstas após as obras da linha da Beira Alta” que deverão estar concluídas em 2023, disse o presidente da CP. Segundo este, a Covilhã passará, nessa altura, a ter 6 ligações a Lisboa diárias, três via Beira Baixa que já existem, e outras três pela Linha da Beira Alta, avançou ainda o edil.
Quanto às obras na Linha da Beira Baixa, segundo o que explicou o presidente de Câmara, o Secretário de Estado das Infraestruturas “ficou encarregue de avaliar junto das Infraestruturas de Portugal a viabilidade de introduzir estas pretensões no plano nacional da Ferrovia que está em preparação”.
Referir que em outubro, por proposta de Pina Simão (PS) a assembleia municipal da Covilhã aprovou uma moção em que se exige à CP “um serviço regional de qualidade no eixo Guarda, Covilhã, Fundão e Castelo Branco”, que “nas horas de ponta, de manhã e à tarde, tenha um serviço de 30 em 30 minutos”, que inclua “ligações rápidas”, e que não pare “em todas as estações e apeadeiros”, mas nos de maior procura. Na moção é ainda exigida ligação direta com o norte/litoral do país. Esta moção foi aprovada com uma abstenção.
Na Assembleia intermunicipal da CIM Beiras e Serra da Estrela o deputado covilhanense Hélio Fazendeiro, em dezembro, apresentou uma moção, onde defende que a reabertura do troço da Linha da Beira Baixa entre as cidades da Covilhã e da Guarda “deve ser acompanhada de uma significativa melhoria na conectividade ferroviária da região”. Na moção é proposto “um serviço regional rápido e confortável nas deslocações no eixo Guarda-Covilhã-Fundão-Castelo Branco” e a “introdução de ligações diretas com o norte litoral do país”. O documento foi aprovado por unanimidade.