Marcelo Rebelo de Sousa recebeu em audiência coletiva na tarde de ontem, no antigo Picadeiro Real do Palácio de Belém, em Lisboa, os representantes de associações e federações académicas todo o país e Ricardo Nora, por parte da Associação Académica da UBI chamou a atenção para o subfinanciamento crónico da instituição.
“Com mais alunos, com os mesmos cursos a serem lecionados, com os mesmos padrões de avaliação, a UBI recebe muito menos financiamento do estado que outras” e este foi um dos temas “fulcrais que abordámos”, disse à Rádio Clube da Covilhã o presidente da AAUBI.
A falta de alojamento, que o dirigente considera “um problema na academia” uma vez que só “10% dos estudantes têm espaço nas residências”, foi outro dos temas que Nora elegeu para esta reunião. Vinca que “é necessário criar novas infraestruturas de alojamento e melhorar os apoios sociais”, disse.
A necessidade de “descentralizar o investimento feito no Ensino Superior, deixando de investir tanto nas grandes áreas metropolitanas para investir em cidades como a Covilhã”, foi outro dos pontos focados, disse ainda Ricardo Nora.
A questão do alojamento “é uma das grandes preocupações, também nesta altura para o regresso ao ensino presencial”, destaca ainda o responsável, uma vez que “muitos estudantes entregaram as suas casas”.
Segundo explica, em conjunto com a UBI, foi conseguido que nas residências académicas haja um número reservado de quartos para que “aqueles que têm que se deslocar à Covilhã, ocasionalmente, possam ali pernoitar com melhores preços que em unidades hoteleiras”.
Sobre as questões sanitárias para o regresso às aulas Nora assegura que tudo está a ser feito e que a partir de dia 19 de abril toda a comunidade académica será testada.
O presidente da Associação Académica da UBI defende que “tudo está a ser preparado para o ensino presencial” e tanto “estudantes, como a família e a comunidade académica precisa da vida no Campus”.
Em Belém, este domingo, foram recebidas, além da AAUBI, a Federação Nacional de Associações de Estudantes do Ensino Politécnico (FNAEESP), a Federação Nacional dos Estudantes do Ensino Particular e Cooperativo (FNESPC), a Federação Académica do Desporto Universitário (FADU), as federações académicas do Porto e de Lisboa e também as associações académicas das universidades de Coimbra, do Minho, de Trás-os-Montes e Alto Douro, de Aveiro, de Lisboa, de Évora, do Algarve, dos Açores e da Madeira, estas duas últimas, por videoconferência.